20.2.09

Que não nos falte pachorra

Sócrates em Aveiro, no primeiro de dois dias, pareceu em baixo de forma e (muito) desconfiado dos jornalistas de quem passou a tarde a fugir.
Nem os parabéns deu ao Governo pelos quatro aninhos de vida, refugiando-se no palco das cerimónias pré-formatas, que usa e abusa.
Valeu Manuel Pinho com mais uma das suas gafes depois de António Mexia (EDP) e Carlos Martins apresentarem 'a meias' a barragem de Ribeiradio, em Couto Esteves.
"Eu nunca via um programa na televisão em que estavam duas figuras juntas, qual era ? Eram os marretas. Portanto, tivemos uma apresentação originalíssima, vozes a dois, e tínhamos um engenheiro, o que nos dá muitas garantias”, brincou, a despropósito, o ministro da Economia causando sorrisos amarelos na assistência.
No Porto de Aveiro e, antes, em Cacia, nada foi deixado ao acaso. Para compor o cenário a Refer mandou um comboio de mercadorias, com a máquina pintada de fresco, estacionar próximo da plataforma multimodal.
A APA pediu um navio emprestado para se posicionar numa abertura da tenda dos discursos, erguida no terminal de granéis líquidos, para ficar bem na fotografia. A maré é que não ajudou, teimando em empurrar a embarcação para fora do cenário.
Amanhã há mais "Governo Presente" em Aveiro.
Que não nos falte pachorra, a todos.

18.2.09

Tentações eleitoralistas

Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, abriu a campanha eleitoral em Ovar esta tarde.
Em poucos minutos, a governante inaugurou duas passagens superiores na Linha do Norte.
Em Cortegaça, perante dezenas de populares, não resistiu e deixou elogios a Manuel Oliveira, seu camarada do PS que lidera os destinos do município: "Têm aqui um grande presidente", disparou.
O autarca socialista não se pode queixar de falta de atenção do Governo. Ainda há poucas semanas, o Primeiro-Ministro ali esteve numa inauguração de um equipamento de saúde.
Para Manuel Oliveira, "dar prova de obra feita é a melhor forma de superar a crise".
As agendas autárquicas e governamentais denunciam, por estes dias, indisfarçaveis tentações eleitoralistas.
Não há volta a dar, mas era escusado.