9.5.10

Quem ri por último, ri melhor


Só mesmo o Beira-Mar para acordar este blog que adormeceu, confesso, como reflexo da pasmaceira que se vive em Aveiro em vários sectores.
Feita esta nota prévia, o motivo do post.
As primeiras impressões causadas pelo feitio de Leonardo Jardim quando chegou a Aveiro não agradaram a muita gente.
O madeirense pôs alguns intocáveis do plantel em sentido, acabou pela sua mão com amadorismos tão simples como colocar fechaduras nos portões do campo de treinos e quando não tinha solução perto (o episódio da falta de balizas) deu folga à equipa.
Desportivamente, os resultados iniciais - mesmo sabendo-se que as enormes dificuldades do clube (financeiras e directivas) não permitiriam grandes ambições -, lançaram dúvidas sobre a aposta feita.
O madeirense não esqueceu os críticos e atirou-lhes à cara quando pôde, já com a taça de campeão nas mãos.
Alcança, assim, um feito raro nas suas trajectórias de pleno sucesso pelo Chaves e Beira-Mar, obstinado em chegar à primeira Liga sem correr muitos clubes.
O clube de Aveiro poderá ajudá-lo a concretizar o sonho. Seguem-se desenvolvimentos nos próximos episódios.

Notas soltas: António Regala, presidente da CA do Beira-Mar, outros dos obreiros da subida, foi muito duro com a ausência do presidente da Câmara no derradeiro encontro.
Só Élio Maia sabe porque preferiu ficar em casa, mas o episódio, presumo que absolutamente inédito nos grandes feitos do Beira-Mar, mostra bem que o edil não vai à bola com o clube e os seus dirigentes.
Há muita 'pedra para partir', acabar com o diálogo de surdos e retomar a normalidade que obrigatoriamente tem de existir entre a autarquia e a principal colectividade da cidade.