3.12.05

Sarcasmo financeiro

Raul Martins a destilar sarcasmo puro.

Navegar por uma utopia

Dizem que navegam por uma utopia. Isso é uma ousadia nos dias que correm. Podemos acompanhar a viagem, em terra, aqui a partir de Janeiro. Bons ventos os acompanhem!

2.12.05

Telhados de vidro

A coligação PSD - CDS/PP que lidera a Câmara de Aveiro até pode ter as suas razões para colocar em causa o processo que levou Miguel Lemos a ser designado director-geral da PDA. Os telhados de vidro é que são uma chatice.

1.12.05

Os erros de Souto

O ex-presidente da Câmara, Alberto Souto, errou ao legitimar a contratação de Miguel Lemos para a PDA nos termos que têm sido noticiados. Mais não fosse porque, à semelhança do que fez com Paulo Ribeiro no Teatro Aveirense, nunca poderia assumir compromissos desta natureza na véspera das eleições. Mesmo que certo da reeleição, deveria ter sido mais ponderado.
Assim deixou cair sobre a sua presidência mais uma mancha que vai demorar tempo a limpar. E a homenagem do dia 8 de Dezembro, certamente, não será suficiente para reabilitar a imagem do antigo autarca junto dos aveirenses.

30.11.05

PDA

A notícia veio na imprensa local e logo serviu de rastilho aos mais diversos comentários. Por isso, é impossível não acompanhar algumas discussões nos blogues, um campo mais propício para comentários e opinião quase em tempo real.

Nolasco desafinou

Afinal, as razões financeiras que foram invocadas pela Câmara de Aveiro para dispensar Paulo Ribeiro e o seu adjunto do Teatro Aveirense perderam força e os mesmo responsáveis agora já não querem abordar publicamente assuntos de salários e afins.
Maria da Luz Nolasco, a directora-geral, mostrou-se até indignada ("não estamos a saldo, até podemos ser mais caros") com as questões sobre aquele assunto colocadas numa conferência de imprensa esta quarta-feira que não lhe correu muito bem.
A dado momento, não resistiu em substituir-se à imprensa escrita e falada para colocar questões a uma futura colaboradora que os jornalistas não estavam, na altura, especialmente interessados em ouvir.
De duvidoso gosto foi também afirmar "somos de Aveiro e isso já define um perfil" como uma especial mais valia da nova equipa.
Surpreendeu-me ainda que uma pessoa que estou habituado a ver desde os tempos de vereadora do CDS e depois no museu de Aveiro sempre com trato simpático e disponível, se tenha insurgido, em tons inapropriados, censurando directamente um jornalista que pedira esclarecimentos sobre o facto de Rui Sérgio não vir em exclusividade para a direcção artística, ao dizer que era "uma pergunta de quem não sabe". Ora se não sabia, só fez bem em perguntar.

Agenda

Estive de volta da minha velhinha agenda de contactos de trabalho. Seguro de vida para qualquer jornalista.
Já a perdi e reencontrei.
As folhas amareleceram. Rasgaram-se. Algumas desapareceram inesplicavelmente no meio do bulício. Mas tem aguentado estoicamente ao passar do tempo.
Tornou-se menos útil. É difícil encontrar os telefones quando mais precisamos deles.
Há nomes e números fora da ordem alfabética.
Gente que foi notícia e, entretanto, deixou de ser.
De quem perdi o rasto e o rosto.
Por vezes, faz-me recordar nomes apagados da memória.
Encontro referências a pessoas que já faleceram e, respeitosamente, nunca risquei da lista.
Há números fixos antes dos 034 e telemóveis 0676.
Mas também já aparece, sinal dos tempos, um ou outro e-mail.
O que tem valido mais algum tempo de serviço à velhinha agenda é a perguiça de passar número a número para um qualquer gadget electrónico. Aproxima-se a hora de agendar esta tarefa.

Bairrada


A revista Beberes dedicou o seu número de Novembro à região demarcada da Bairrada. Tão perto e ainda tão desconhecida.
O produtor de vinho Mário Sérgio Alves é um dos rostos da nova geração que abraçou o mundo do vinho a partir da Quinta das Bageiras.
Um roteiro dos melhores sabores da Bairrada que não merece o esquecimento a que tem sido votada.

28.11.05

O apagamento de Élio Maia e a gaffe de Capão Filipe

Élio Maia trouxe um novo estilo à presidência da Câmara de Aveiro. A sua disponibilidade para ouvir quem lhe queira falar tem valido muitos pontos neste início difícil de mandato.
Uma das outras novidades é que o autarca da coligação PSD-CDS/PP leva a sério a delegação de competências. Nas reuniões de Câmara, por exemplo, são os vereadores que apresentam as propostas e dão esclarecimentos sobre os seus pelouros.
Na sessão pública de hoje à tarde praticamente não se ouviu o presidente.
Isso nunca acontecia com Alberto Souto, que, geralmente, conduzia os trabalhos apresentando os assuntos e respondia, em primeiro, sobre tudo a todos.
Não aconteceria também como sucedeu esta segunda-feira ser um vereador (no caso Miguel Capão Filipe), a apresentar uma proposta da primeira iniciativa camarária de grande importância política que vai ser discutir em Dezembro numa "cimeira"regional as opções do Governo no que toca a temas relevantes como são o TGV / aeroporto da OTA.
Ou deixar sem resposta as críticas do PS à contratação de um director artístico a part-time para o Teatro Aveirense.
Este apagamento do presidente tem poucas excepções e em temas de menor relevância.
Quanto aos vereadores, o voluntarismo de Miguel Capão Filipe levou-o hoje a cometer uma gaffe ao responder a um pedido de esclarecimento do PS sobre onde andam os táxis máritmos quando o assunto está sob alçada da MoveAveiro, empresa municipal presidida pelo vereador Pedro Ferreira. Este, sem esconder algum desconforto, acabaria por dar mais algumas informações adicionais. Capão Filipe, para disfarçar, ainda rematou o assunto como se não tivesse acontecido nada. Foi pior a emenda. Esta confusão também pode ser justificada, é certo, por Capão Filipe ter o pelouro da mobilidade. O que torna evidente alguma incoerência na distribuição de funções.