11.3.06

Maioria e oposição

A nova Câmara de Aveiro não entrou bem mas agora tenta acertar o passo.
Depois de um período de falta de protagonismo, sucedem-se as iniciativas públicas, conferências de imprensa e até, em breve, uma revista.
Um esforço para dar uma boa imagem que não poderá descurar o trabalho menos visível, de novos projectos e soluções para os problemas herdados. Pede-se, portanto, equilíbrio no desempenho camarário.
A oposição no executivo também teve um arranque atribulado mas quase nem deu o 'estado de graça' da praxe a quem chega.
Do presidente Élio Maia tem sido raro ouvirem-se queixas dos ataques do PS. As reacções ficam sempre para os elementos mais políticos, como se ouviu na tomada de posse da concelhia do PSD, onde o vizinho autarca de Ílhavo Ribau Esteves levou mas também deu.

9.3.06

Aveiro Basket

O Aveiro Basket já gera tão pouca afectividade entre nós que ninguém se vai importar que jogue fora de portas.
Será que Mangualde está interessada em fazer uma OPA sobre a SAD ?
O projecto, que a Câmara de Aveiro mantém, estranhamente, ligado à máquina, deve estar mesmo a dar os últimos cestos.

8.3.06

Ali Farka Touré


Quando as cinzas de Ali Farka Touré foram lançadas em Niafunké houve quem jurasse ouvir através do vento sons de uma guitarra, ao longe, no deserto.
[Foto de Ali Farka Touré no Festival África, anfiteatro Keil do Amaral, Monsanto, a 22 de Julho de 2005. Com a devida vénia a Retorta.Net].

Marcar a agenda

Depois de três meses com alguns percalços, a maioria camarária PSD-CDS/PP começa a marcar a agenda.
As reuniões descentralizadas nas freguesias vão dar uma boa ajuda. São eventos em que, apesar de todas as chamadas de atenção que possam ser feitas, nomeadamente pela população, a Câmara pode brilhar. E Élio Maia tem uma grande experiência a lidar com isto tipo de problemas.
O executivo actual vai ter, contudo, outro desafio: não pode deixar-se absorver por esta gestão de proximidade e esquecer que também deve pensar nos projectos virados para o futuro. O que pressupõe conhecer a estratégia de desenvolvimento, como a oposição tem reclamado. Ou seja, não pode ser uma Câmara de vistas curtas. Foi o que pediu o agora deputado do PS na Assembleia Municipal Carlos Candal quando falou na necessidade de se começar a pensar em construir um novo edifício para os Paços de Concelho. Nem que seja para concluir daqui a vinte anos.

5.3.06

Excesso de zelo

O deputado do CDS-PP Santos Costa é um veterano das andanças políticas. Já foi vereador na Câmara de Vagos e cumpre agora o segundo mandato na Assembleia Municipal (AM) de Aveiro onde assume as funções de porta-voz do partido.
Por isso, causou surpresa os termos em que recorreu à figura regimental do "ponto de ordem" para interromper uma intervenção do presidente da Junta da Vera Cruz que, na sua perspectiva, estaria a abordar assuntos que nada tinham a ver com a comunicação do presidente.
Tal excesso de zelo valeu a Santos Costa uma reprimenda do socialista Carlos Candal que o acusou de querer ser "o fiscal da legalidade". O ex-presidente da mesa considerou mesmo que tinha sido "um acto censório".
Na resposta, o vogal do CDS-PP reafirmou que a intervenção de João Barbosa (que comentava a reunião da Assembleia Municipal realizada anteriormente em Santa Joana) "não tinha cabimento" e, por isso, "não abdicava dos seus direitos". Portanto, é provável que voltará a mandar calar outro vogal que seja apanhado a falar sobre algum assunto fora da ordem de trabalhos adequada.
Este foi o primeiro grande sinal de fraqueza da direita na AM desde que assumiu os destinos da autarquia.
Não contente, Santos Costa acabou por borrar ainda mais a pintura quando, mais à frente, ao tentar reverter a favor da coligação os méritos de um saldo positivo nos investimentos com fundos comunitários de uma forma que a oposição criticou e a maioria também não subscreveu. Aliás, na mesa da Câmara, o vereador do CDS Capão Filipe, vendo a confusão instalada, foi rápido a pedir para Santos Costa não insistir muito na questão.