13.12.05

Beira-Mar

A actual direcção do Beira-Mar jogou à defesa na Assembleia Geral que apresentou as contas da época anterior.
Se desportivamente o último ano de Mano Nunes & companhia foi desastroso e com inúmeros episódios inacreditavelmente rocambulescos, no plano financeiro a palavra prejuízo volta a não constar do relatório.
O elenco agora em funções acabou por não atacar a herança e até subscreveu o exercício contabilístico (em que o presidente Artur Filipe diz não acreditar) para não espicaçar possíveis adversários e agitar as hostes. É uma espécie de empate que serve a todos.
Diz a direcção que o clube precisa de tranquilidade. Pode ser que ajude a equipa de futebol a não perder o caminho da felicidade que tem encontrado em campo e liderar a classificação, apesar de ainda não convencer totalmente quem está de fora.
Artur Filipe não precisava era de sair mal da Assembleia Geral que marcou o seu reencontro com os associados após as eleições.
Que diria o presidente e os seus correligionários se Mano Nunes tivesse convocado no passado uma reunião que fosse desprovida de um ponto para discussão dos habituais "outros assuntos para o interesse do clube" ?
É certo que a agenda era apenas relativa às contas mas Artur Filipe se tivesse recuado para ouvir os sócios em questão teria ganho o prémio fair-play e não veria escusadamente um cartão amarelo.

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