15.11.05

Parar a inovação é andar para trás


São, de facto, algumas das nossas estrelas empresariais: Siroco (automação), Vulcano (termodomésticos) e A. Silva Matos (metalomecânica) operam a partir de Aveiro para todo o mundo e conseguem competir nas suas áreas com qualquer empresa. Inovação e competitividade são os seus trunfos.
O percurso de cada uma foi apresentado como exemplo a seguir durante um encontro organizado esta terça-feira em Aveiro pelo IAPMEI.
São já empresas consagradas, mas nem por isso ficam a viver dos louros.
No caso da Vulcano, ocupa uma posição de líder no mercado, o que é muito mais confortável. Mas não se pense que a subsidiária nacional do gigante alemão Bosch dorme à sombra do sucesso. É que a fábrica de Aveiro tem a responsabilidade acrescida de ser o centro de competência mundial para os termodomésticos. Ou seja, passa por ali tudo que diga respeito a novos equipamentos. “Parar é a forma mais rápida de andar para trás”, dizia Paulo Couto, director de Inovação da Vulcano citando um guru da gestão.
Para exemplificar o quanto difícil é inovar, deu conta de alguns aspectos de um projecto em que a empresa está envolvida e que talvez “daqui a alguns anos” poderá aparecer no mercado.
No início, surgiram mais de 900 ideias, das quais 20 chegaram à fase da pré-investigação. Apenas 7 vingaram dando orgem a uma dezena de patentes. E o processo ainda tem muito para andar até ser concretizado, quem sabe, se num esquentador ou caldeira revolucionário. Mas isso nem sempre acontece. A inovação, como observou Paulo Couto, é das actividades industriais com “mais alta taxa de mortalidade”.

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