5.3.06

Excesso de zelo

O deputado do CDS-PP Santos Costa é um veterano das andanças políticas. Já foi vereador na Câmara de Vagos e cumpre agora o segundo mandato na Assembleia Municipal (AM) de Aveiro onde assume as funções de porta-voz do partido.
Por isso, causou surpresa os termos em que recorreu à figura regimental do "ponto de ordem" para interromper uma intervenção do presidente da Junta da Vera Cruz que, na sua perspectiva, estaria a abordar assuntos que nada tinham a ver com a comunicação do presidente.
Tal excesso de zelo valeu a Santos Costa uma reprimenda do socialista Carlos Candal que o acusou de querer ser "o fiscal da legalidade". O ex-presidente da mesa considerou mesmo que tinha sido "um acto censório".
Na resposta, o vogal do CDS-PP reafirmou que a intervenção de João Barbosa (que comentava a reunião da Assembleia Municipal realizada anteriormente em Santa Joana) "não tinha cabimento" e, por isso, "não abdicava dos seus direitos". Portanto, é provável que voltará a mandar calar outro vogal que seja apanhado a falar sobre algum assunto fora da ordem de trabalhos adequada.
Este foi o primeiro grande sinal de fraqueza da direita na AM desde que assumiu os destinos da autarquia.
Não contente, Santos Costa acabou por borrar ainda mais a pintura quando, mais à frente, ao tentar reverter a favor da coligação os méritos de um saldo positivo nos investimentos com fundos comunitários de uma forma que a oposição criticou e a maioria também não subscreveu. Aliás, na mesa da Câmara, o vereador do CDS Capão Filipe, vendo a confusão instalada, foi rápido a pedir para Santos Costa não insistir muito na questão.

1 comentário:

Terra e Sal disse...

Li com atenção o assunto que relatou.
É a cópia fiel daquilo que ouvi noutros lados e noutras circunstâncias.

O deputado municipal do CDS, Santos Costa, reagiu naqueles moldes, com uma única intenção, acredite.
Não estava em causa o orador que o antecedeu já que, ele sabia que não é pessoa de "conflitos" e as poucas palavras que proferiu eram apenas e só um introito, que não dava para perceber se ía ou não sair da ordem de trabalhos.

A reacção do deputado do CDS, foi "medo".
Esse medo fê-lo fugir para a frente, tentando porventura "intimidar" outros através da sua "agressividade"verbal, já que, ele sabia pela sua experiência que aquela sessão reunia todas as condições para ser "conturbada" como veio a acontecer.

Qualquer pessoa que assita a uma A.M. sabe que esta Câmara não tem, pelo menos para já, qualquer consistência seja em que assunto fôr.

Por outro e até para comprovar isto, caem no ridiculo de uma das bancadas, pelo menos, começar a tecer considerações elogiosas despropositadas de coisas que são apenas e só um vazio, sem ponta de substância.

Este é outro modo de tentar confundir ou enganar.
Há muitos modos de chamar tolos aos outros, que ali vão para assistir a uma coisa que deveria ser muito séria.
A senhora presidente da mesa no meio daquilo tudo, olhe, para lá vai andando.


Estes também vão sendo aindas os primeiros "milhos" mas o tempo vai passando.
Acredito sinceramente que as coisas vão modificar e melhorar para bem de todos os Aveirenses.
Cumprimentos.
Terra & Sal