31.8.06

Sussurros e tunning

Não valeu de nada Élio Maia dizer que ia ficar "calado" sobre a auditoria da IGF porque alguém, autorizado ou não, sussurrou alguns números como que para fazer calar a oposição PS, cada vez mais incómoda .
O passívo, com mais ou menos milhões, continua a dominar a actualidade autárquica. Os presidentes passam e a dívida fica.
Quase a fazer um ano de gestão, a maioria ainda não decidiu medidas de fundo para controlar o peso do guloso 'monstro' que, aparentemente, não pára de crescer.
Ora, isso é que era importante ouvir.

Interessante, promete ser o encontro de tunning. Entre alterações nas carripanas e maminhas ao léu, a avaliar pela logística instalada no estádio vamos ter, pela primeira vez (!), uma enchente sem ser por causa de futebol.
Durante anos falou-se muito em espectáculos com estrelas internacionais e outros eventos que não viram a luz do dia.
É caso para dizer finalmente algo para dar vida ao elefante colorido de Aveiro.

28.8.06

Stress pós veraneio

As férias parece que não fizeram bem a todos os membros da Câmara de Aveiro.
Além de (alguns) tons bronzeados, a primeira reunião pública, realizada segunda-feira à tarde, mostrou que oposição e maioria não souberam aproveitar os dias de veraneio para aliviar o stress autárquico desrespeitando o estado de graça por altura do regresso ao trabalho.
Marques Pereira, pelo PS, entrou em campo com um ritmo pouco estival e o tom usado tirou logo o sorriso ao presidente. Os socialistas não estão dispostos a contribuir para o descanso da coligação que até foi acusada de permitir que espaços municipais sejam usados para incentivar "a exploração sexual". Em causa, uma faixa a anunciar o programa de um evento de tuning no estádio municipal com streptease no programa de animação.
Élio Maia disse no final que até compreende "aquele discurso político nesta dialéctica partidária" mas viu-se que começa a ter cada vez menos 'capacidade de encaixe' para certos reparos mais críticos ou a pedidos de informação insistentes a que já nem responde.
A temperatura subiu com a reacção do PS à intenção camarária de desvalorizar as comemorações do Dia Sem Carros. Ao contrário de anos anteriores, em que Aveiro sempre fez uma grande aposta, os festejos "vão passar ao lado", acusou Marques Pereira.
O vereador Miguel Capão Filipe justificou dizendo que não há dinheiro para "folclore" e prescreveu a Marques Pereira "uma resposta ansiólitica para tanta ansiedade" já que não fora sequer revelado o programa.
Estranhou ainda que os socialistas defendam tanto a bandeira da mobilidade e tenham investido num túnel na estação que inunda a cidade de mais carros.