29.12.06

2007



All is quiet on New Year's Day.
A world in white gets underway.
I want to be with you, be with you night and day.
Nothing changes on New Year's Day.
On New Year's Day.

I... will be with you again.
I... will be with you again.

Under a blood-red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspaper says, says
Say it's true, it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one.

I... I will begin again
I... I will begin again.

Oh, oh. Oh, oh. Oh, oh.
Oh, maybe the time is right.
Oh, maybe tonight.
I will be with you again.
I will be with you again.

And so we are told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day
On New Year's Day
On New Year's Day

28.12.06

Assembleia Municipal de Aveiro (1ª parte)

Têm sido reuniões agitadas. Debates muito quentes, que transpiram palavras duras "a roçar a injúria" como disse em jeito de lamento o vogal do CDS Jorge Nascimento.

O PS continua a aproveitar, bem, os pretextos que a coligação de direita dá para fazer oposição. Élio Maia acha "normal na luta política que se diga mal", para retirar dividendos eleitorais. Mas nesta altura do mandato, já deveria ter somado mais alguns pontos.

O presidente da Câmara assumiu, finalmente, que os apoios prometidos ao Beira-Mar são para repensar seriamente. Uma posição corajosa. Os apreciadores de morcelas lá para as bandas do Mário Duarte é que não vão gostar.

O grande problema dos socialistas continua a ser a herança de Alberto Souto que a maioria faz questão sempre de lembrar quando lhe são apontadas incapacidades.
Diogo Machado, regressado à condição de porta-voz do CDS, lembrou os tempos em que a gestão PS "aumentava tudo o que mexia" ou deixava sem resposta os sucessivos requerimentos enviados pela mesa da Assembleia Municipal. Estas e outras "incoerências" serão sempre atiradas à cara dos socialistas.

Afinal, a Câmara de Aveiro poderá mesmo dar uma mão aos clubes accionistas da SAD Aveiro Basket nas contas de liquidação. O Bloco de Esquerda não perdeu nada ao arriscar levar o assunto à praça pública.

Assembleia Municipal de Aveiro

Não está a ser fácil digerir as sucessivas reuniões da Assembleia Municipal realizadas por estes dias, com os políticos locais a esquecerem as tréguas de Natal. Notas a todo o momento.

22.12.06

Iluminações


S. João da Madeira tem mostrado nos últimos anos um jeito especial para as iluminações natalícias , com destaque para o centro da cidade. Simples mas muito eficaz nos bonitos efeitos visuais.
Aproveito, então, para deixar a todos os leitores votos de Boas Festas e Feliz Natal!

Prendinhas IV

Um especial Natal de Paul Jones na BBC Radio.

Fisco

O fisco português é hoje razoavelmente eficaz quanto se trata de nos cobrar impostos que somados já obrigam a entregar meses de salários (!) para alimentar o monstro orçamental e, suspeita-se, engordar uns quantos oportunistas.
A máquina é implacável e não tem sentimentos. Sem contemplações natalícias, muitos proprietários de uma zona urbana recente da cidade foram brindados no correio com avisos de pagamentos de IMI's retroactivos a liquidar até ao final de Janeiro quando, legalmente, beneficiam de isenção.
O esclarecimento na respectiva repartição de finanças apontou para o costumeiro erro informático. Sem direito a pedido de desculpas, que o fisco não é de se rebaixar. "Olhe, fica já preparado.Vá contando em pagar sempre o máximo quando lhe chegar a notificação", avisa a funcionária. Dois anos devem ser suficientes para mentalizar-me a fazer o mealheiro.

21.12.06

Beira-Mar - reforços

Agora que está reaberto o mercado Mário Duarte, esperam-se reforços de 'combate' para atacar 2007. Jovens promessas talvez não seja a táctica melhor para enfrentar o que falta do campeonato. Veremos o que o Pai Natal vai trazer a Carvalhal.

Vinhos

Os vinhos Bairrada DOC ocupam cada vez menos espaço nas prateleiras dos hipermercados. Desconheço as razões. Mas suspeito que é um sinal das dificuldades que a região demarcada atravessa. Um bom exemplo de promoção, com grande dinâmica associativa, é o que sucede a Norte, com os Verdes a lutarem pelo mercado.

Prendinhas III

O Natal costuma a ser época de mudanças informáticas. Antes de recorrer ao contentor do lixo, veja se alguém ainda poderá beneficiar do equipamento. O Projecto EDV Solidário ajuda.

20.12.06

Urgências

Afinal, o ministro da Saúde vai querer mexer na listagem das urgências hospitalares que lhe foi recomendado encerrar e pediu à comissão de peritos um número diferente, para menos. Com isso, acendeu uma luz de esperança nas localidades ameaçadas.
Pela região, no plano mediático, a vigília em Estarreja levou a mensagem desejada a aparecer nas televisões.
O que pode ser mal recebido no concelho estarrejense é esta proposta do presidente da Câmara de Ovar, Manuel Oliveira (PS), que 'puxa a brasa para a sua sardinha' quebrando um pacto de não agressão que parecia existir entre os municípios da região com urgências em risco.

19.12.06

Beira-Mar

Os sócios do Beira-Mar andam deprimidos com a má prestação da equipa. A revolta maior é, curiosamente, com aspectos extra desportivos que à partida poderiam ser considerados menores (funcionalidade do estádio novo, acessos em dia de jogos, pagamento de cotas e cartões, incentivos para novos sócios, etc). Exigem mais carinho, no fundo.

17.12.06

Variações humanas


A demora da feijoada de búzios no Sacas prolongou o jantar e acabámos por perder tempo na fila de espera para a Herdade da Casa Branca. Quando passámos o pórtico do recinto já os Humanos tocavam as músicas que António Variações deixou alinhavadas em cassetes até então inéditas.
Só agora, dois anos depois, ao rever o documentário que promove os raros concertos do grupo, ouço o que tinham as tais maquetas. E dei ainda mais valor ao trabalho dos Humanos na recriação dos temas cantarolados pelo autor de "Dar e Receber".

14.12.06

Prendinhas II

Música clássica para descarregar livre e legalmente aqui e aqui (via) .

Revelação

A próxima Assembleia Municipal promete muitas dores de cabeça, e até já há quem esteja a afiar as facas, mas Pedro Ferreira, o jovem vereador a quem deram pelouros tão diferentes como a educação, a MoveAveiro e as finanças (só por si, uma grande carga de trabalhos), termina o ano em melhor forma que os seus pares de executivo, alguns até com tarefas, à primeira vista, mais leves.
Deu a volta à Carta Educativa e apresentou as GOP que continuam muito condicionadas pela falta de fundos da tesouraria municipal. Podia receber o prémio autarca revelação de 2006 em Aveiro.
Depois de um início de mandato muito complicado, devido à herança e até inexperiência, parece estar em melhores condições de enfrentar a oposição que não deixará de atirar com algumas incoerências, sobretudo da política orçamental da maioria PSD-CDS, e promessas de soluções que parecem um tanto ou quanto demasiado optimistas num quadro geral económico que é manifestamente ainda muito cinzento.

13.12.06

Vizinho

É o mais recente inquilino do prédio ao lado. Chega pela noitinha e sai ao raiar da manhã. Não é daqueles vizinhos chatos.
A verdade é que não se deixa ver. Envergonhadamente, vira o rosto para a parede.
Abrigado do relento, repousa o corpo em cima de cartões usados como cama improvisada que, há alguns dias, faz e desfaz com raro zelo.
O vulto debaixo dos cobertores já deixou de assustar quem passa.
E entre vizinhos, como se sabe, até é normal não se falar muito.
Como ele, encontramos pela cidade alguns (felizmente poucos) homens e mulheres sem abrigo.
Numa perspectiva simplista, não faz sentido que tal aconteça. Aveiro tem um movimento social forte que até já dá respostas a este nível, providenciando tecto, apesar das muitas solicitações para tão escassos meios. Mas talvez seja necessário fazer algo mais, ir às ruas e evitar que o frio da noite esmoreça ainda mais o sentido da vida desta gente como nós.

12.12.06

Prendinhas I

Para ir adiantando serviço, vou começar a distribuir algumas prendinhas "Já Agora" aos prezados leitores. A primeira é um magnífico serviço podcast da Magnum Photos.

Artes

Vender é uma arte e não está ao alcance de todos. Um talento que parece escapar aos artesãos , gente mais à vontade a moldar barro, esculpir pedra ou construir miniaturas. A Rota da Luz vai dar uma ajuda que pode ser preciosa.

Blogoesfera

Isto de opinar em blogs tem o seu preço que muitos preferem não pagar, escrevendo enquanto anónimos ou assinando com pseudónimo, alguns até muito divertidos. Nada contra.
Aqui optou-se por assinar e assumir para agir em coerência.
Faço-o livre e responsavelmente , ainda que com naturais erros ao longo deste mais de um ano a postar.
O que é curioso é que um autarca ilustre do concelho de Aveiro que nunca me chamou pelo nome próprio, e que acompanho regularmente há muito em tarefas profissionais, se tenha dirigido a mim, de forma simpática, por 'Já Agora'. E duas vezes no mesmo dia. É claro que é bom saber que somos lidos e identificados (principalmente quando não surgem certas más interpretações) mas isto do bloguer ser referenciado com mais facilidade que a pessoa dá que pensar. São coisas da blogoesfera!.

11.12.06

Pontos a favor e contra

A coligação PSD-CDS tem boas expectativas de cumprir uma promessa eleitoral que no caso em apreço toca muito ao presidente. Élio Maia dá como certo a aquisição de um terreno integrante da área do ex-centro de saúde mental e acredita que já convenceu o Governo para a Câmara ficar com as instalações existentes mediante pagamento é claro, mas sem entrar em hasta pública que poderia aumentar o preço.
De resto, esta ponta final do ano vai trazer também a apresentação da Carta Educativa, após a reformulação da proposta herdada do PS. Outro ponto a favor da gestão autárquica, apesar da demora e indefinições ao longo do processo.
Nota-se, contudo, alguma impaciência entre os elementos a tempo inteiro. Talvez porque os últimos dias terão sido de trabalho intenso nas GOP de 2007 e o PS já esteja a antecipar uma vaga de críticas.
Na reunião pública do executivo desta segunda-feira, o vereador Miguel Capão Filipe não ficou agradado com a forma como os munícipes da rua Cabo Luis voltaram a pedir explicações sobre a sinalização colocada pela Câmara. É certo que os moradores em causa não foram propriamente cordiais a falar com o vereador mas já passaram meses sobre as primeiras queixas e o caso tem andado realmente muito devagar.
O próprio presidente da Câmara desculpou-se com a gripe por alguma rispidez na forma como respondeu a uma questão do vereador Marques Pereira (PS).

10.12.06

NG


Tanto por 1 euro.
A National Geographic até podia custar 5 vezes mais.
Uma das melhores revistas que encontramos nos escaparates portugueses, cada vez menos interessantes diga-se.
Imperdível também o site da NG.

9.12.06

Feirense & Beira-Mar

Há dias, de passagem pela Feira, tomei café no bar do Feirense, junto ao estádio.
Estava repleto de gente, com largos sorrisos. A equipa de futebol continuava a dar boa conta de si na Liga de Honra, mantendo o sonho de chegar à Liga. O Feirense tem um estádio velho e acanhado no centro da cidade. Parece que haverá alguns problemas de propriedade do recinto que impede que seja aproveitado do ponto de vista imobiliário para construir o novo recinto junto do centro de formação, onde não falta nada para a equipa trabalhar durante a semana. O clube teve visão estratégia neste investimento.
Em Aveiro, de que valerá a pena ter um estádio de 30 mil lugares com todas as condições se o inquilino tem de andar à procura de um campo para treinar, quase a mendigar por um relvado em condições. É estranho, mas explica muita coisa.

8.12.06

D. António Marcelino

D. António Marcelino regressa no próximo domingo às simples mas honrosas funções de padre. Um exemplo de humildade pastoral raro.

PSD

A próxima lista de candidatos do PSD pelo círculo eleitoral de Aveiro à Assembleia da República começou a ganhar forma com as eleições para a distrital que o engenheiro Topa venceu.

6.12.06

Élio não apoia candidato partidário

O presidente da concelhia do PSD, Ulisses Manuel, esclareceu que Élio Maia não está de forma alguma envolvido nas eleições para a distrital do partido. O autarca não "apoia nem deixa de apoiar" a lista de António Topa.
Ao contrário do que comentámos aqui neste blog, Ulisses Manuel assegurou que Élio Maia não esteve presente na apresentação do candidato realizada em Aveiro.
Sucedeu apenas que estava no mesmo local e cruzou-se com elementos sociais democratas já depois da sessão.
Fica a correcção. Estamos sempre abertos a esclarecimentos.

5.12.06

Perguntar

Com educação e respeito, perguntar não ofende.
Instalou-se nos últimos tempos uma tendência para levar a mal as questões dos jornalistas. Há quem as ignore quase por completo, como é o caso do actual Primeiro-Ministro de Portugal que gosta mais de recorrer a outras formas de passar a mensagem.
Hoje, em Aveiro, a ministra da Educação, delicadamente, não quis comentar nada da sua tutela que não o motivo de uma visita que fez à UA. Ao seu lado, a reitora Helena Nazaré também ficou algo desagradada pelas questões colocadas à margem do assunto que levara ali a governante.
Os políticos alegam, ultimamente com maior frequência, que não querem tirar o enfoque do assunto agendado e desviar atenções para outros assuntos. É um direito que têm não responder, mas fica-lhes mal.
Quem exerce cargos públicos tem responsabilidades acrescidas e deveria saber que informar deve ser muito mais do que transmitir informação institucional ou de circunstância.

Independentes

Alberto Souto teve de ouvir muitos reparos quando resolveu largar a capa de independente com que foi eleito no primeiro mandato para a Câmara de Aveiro e assinar a ficha de militante do PS. Quando assumiu essa condição como que defraudou alguns apoiantes de outros sectores e o alinhamento partidário passou a motivar também críticas da oposição.
O que diriam as mesmas vozes do discreto mas não inocente gesto do actual presidente, Élio Maia, que não sendo militante do PSD, apareceu na apresentação da candidatura de António Topa à distrital do partido, onde a concelhia local está a investir fortemente ?

Ribau

Não será fácil governar a Câmara de Ílhavo. Do lado da oposição, a tarefa também não está livre de muitos espinhos.
Ribau Esteves no seu estilo impiedoso aproveita, sempre que pode, para descompor os elementos do PS, que precisam de uma boa dose de fair-play para manter a postura. Até doi ver.

4.12.06

Polícias

As novas polícias que eu gosto de ver em acção: é um conforto ver em campo a ASAE , apesar do protagonismo mediático que as suas operações de fiscalização arrastam, penso que, na maioria dos casos, devidamente planeado; o SEF, quando aparece a intervir em casos de manifesto atropelo dos direitos humanos; o SEPNA prova que a velha militar GNR soube corresponder a novos desafios.

28.11.06

Quentinhas & boas

A Câmara de Aveiro vai fazer mais um remendo na Avenida Lourenço Peixinho. Agora é para facilitar a circulação junto à estação da CP. A avenida, na verdade, está feita 'num oito'. O que precisa mesmo é da prometida requalificação, que tarda em ser assumida.

O festival Sons em Trânsito este ano fica estacionado por Aveiro. Vasco Sacramento continua com bom gosto na programação.

O Beira-Mar na Liga de futebol só está a desiludir quem deixou-se iludir com favas contadas. Mas a equipa ainda está a tempo de tornar-se uma das surpresas do campeonato. E não seria a primeira a conseguir recuperar da descida ... ao inferno.

A Câmara de Aveiro prepara um mega-jantar de recepção ao novo bispo da diocese. Um acto de boas-vindas legítimo para uns e questionável para outros.

O executivo PSD da Câmara de Oliveira de Azeméis terá resolvido impedir a cobertura das reuniões pública pela comunicação social. Dá a imagem que quer esconder algo e isso nunca é boa forma de resolver as crises.

Alguém acredita que as universidades e as autarquias, por estes dias muito queixosas das reduções orçamentais, não podem poupar mais ?

23.11.06

Oliva


O Museu da Chapelaria é uma visita obrigatória quando se passa, com tempo, por S. João da Madeira.
Excelente restauro do que foi uma das primeiras indústrias sanjoanenses, onde é possível ver maquinaria e outro espólio antigo, para além da rara colecção de chapéus.
O que vale a pena, também, é descer a rua alguns metros até ao complexo Oliva e apreciar outro magnífico exemplar da arquitectura industrial portuguesa.
A fundição chegou a dar trabalho a 2.000 pessoas no auge da sua actividade!
E o património, apesar de retalhado em várias empresas e parcialmente abandonado, não esconde o grande centro fabril que foi.
Quase engolida pela urbe, mais tarde ou mais cedo colocar-se-á a necessidade de deslocalização das unidades produtivas.
Requalificar aquela área, ambientalmente muito marcada por anos e anos de actividade industrial, coloca outro desafio: manter os principais traços de uma memória arquitectónica que já faz parte da imagem da cidade e à qual ainda pode continuar a servir como exemplo do espírito empreendedor.

22.11.06

Aveiro

Poucos dias depois de mais uma entrevista de Alberto Souto com algumas apreciações duras para o desempenho de Élio Maia, o presidente da Câmara abriu as portas do seu gabinete para mostrar como passa, pelo menos, dois dias por semana que dedica ao atendimento de munícipes.
Estes excelentes momentos do jornalismo aveirense (para ler e guardar) mostram que, nesta altura do 'campeonato' é bem menos trabalhoso criticar por criticar.
Raul Martins, presidente da concelhia do PS, já disse que não iria fazer oposição pelo caminho mais fácil. Aguarda-se o que terá na cartola nos próximos tempos.
Do Bloco e, especialmente, do PC é que se espera maior dinâmica do que tem acontecido até agora.

Simulacro

O presidente da Câmara de Estarreja sorriu e respondeu: "Acredito que a vida é feita, também, de coincidências felizes".
É evidente que o agendamento do simulacro realizado esta quarta-feira não foi casual. A autarquia usou o exercício, legitimamente, para fazer valer um dos seus principais argumentos em defesa da urgência do hospital Visconde de Salreu.
A mensagem poderia ter passado melhor, com mais visibilidade, mas nem todas as televisões e apenas uma rádio nacional 'morderam o isco'.
Ainda bem que o exercício teve muita importância e envolvimento local (Estarreja é das raras localidades deste país onde existe uma cultura de segurança enraizada e eficaz ao longo dos muitos anos de indústria química) mas poderia ter ido um pouco mais longe no efeito mediático. Sem o exagero, é certo, do que aconteceu na primeira e má experiência de há vinte anos, que mais pareceu um exercício militar.

21.11.06

Salas


Passou a época das velhas e degradadas salas de espectáculos na região. Entre restauros e edifícios de raiz, o panorama tem mudado para muito melhor. O que acontece graças a grande esforço financeiro público, já que os privados não parecem encontrar razões para assumir protagonismo que já tiveram neste tipo de investimentos virados para a cultura.
O belo cine-teatro Messias, na Mealhada, foi dos primeiros a recuperar o esplendor de outros tempos.
Depois foi o Aveirense a sofrer um restauro à altura dos pergaminhos que tem na vida cultural da cidade.
O cine-teatro de Estarreja também recuperou a dignidade.
Em Albergaria, o cine Alba poderá ser o próximo a entrar em obras há muito reclamadas.
Já há projecto para recuperar o Imperador de S. João Madeira.
Entretanto, nasceu o Centro de Artes de Sever e a Norte o Centro Cultural de Macieira de Cambra que serve muito bem Vale de Cambra.
Ovar reformulou o projecto do Centro de Artes que vai começar a ser construído.
Mais adiantado está o Centro Cultural de Ílhavo (na foto a fazer lembrar uma réplica da Casa da Música engaiolada mas que promete vir a ter um resultado final arquitectónico interessante).
E quase pronto a inaugurar, o novíssimo cine-teatro de Anadia, que fará um belo conjunto com o vizinho Museu do Vinho.
Pode ser um paradoxo, mas criar estas estruturas, bem caras por sinal, até será o mais fácil. Difícil é encher as salas de gente, criar públicos. Há quem se esteja a esforçar e consiga resultados, outros nem tanto. Uma análise para ter continuidade.

Vinho

José A. Salvador atalha caminho para quem quiser saber o essencial do vinho em Portugal. E quanto mais se conhece, outro tanto fica por aprender.

16.11.06

Turismo

O Governo parece determinado em mexer nas Regiões de Turismo , tanto do ponto de vista geográfico como de competências.
As informações apontam para a agregação de Regiões e Juntas de Turismo em novas entidades, mais amplas.
A Rota da Luz deverá também sofrer mudanças, eventualmente até deixar de existir nos moldes actuais para ser englobada pela futura Agência de Promoção Turística do Centro Litoral.
O que se teme é que, perante este quadro, Aveiro e a sua região mais próxima fique a funcionar como uma mera sucursal e prejudicada no relacionamento entre as várias forças regionais que já têm motivado críticas, por exemplo, nos apoios atribuídos pela Agência de Promoção Turística Centro Portugal.
A confirmar-se as alterações em vista, a actual comissão executiva assistirá a uma machadada ingrata na estratégia montada em termo recorde para garantir a continuidade da Rota da Luz.

14.11.06

Nevoeiro

O nevoeiro defraudou as (grandes) expectativas das altas chefias militares, que tinham preparado, com muito afinco, as presenças do Presidente da República e do ministro da Defesa Nacional para encerrar esta terça-feira o mega-exercício Lusíada 06 realizado nos últimos dias entre Ovar e S. Jacinto.
A comitiva oficial que vinha de avião de Lisboa ficou em terra e o 'espectáculo' final montado pelas Forças Armadas não teve a projecção desejada.
Politicamente, as más condições climatéricas não podiam ter acontecido em dia melhor.
O ministro Severiano Teixeira evitou ser confrontado com as reivindicações dos militares que quase fizeram ofuscar o exercício.
E Cavaco Silva escapou-se, até ver, a comentar alguns trechos que lhe serão menos favoráveis do livro de Santana Lopes dado à estampa por estes dias.

13.11.06

Internet

A Internet tornou-se, entre muitas outras coisas, um refúgio para gente excluída , pelas mais diversas razões, da rádio. Chegam-nos em formato podcast a navegar sem ter outra bandeira de conveniência que não a da liberdade.
A Íntima Fracção de Francisco Amaral sobreviveu assim à ditadura das playlist.
E também não é preciso usar o sintonizador para reencontrar Sena Santos num registo que lhe é característico, mas sem necessidade do ritmo frenético que imprimia a animação informativa.

9.11.06

Crianças

Este ano voltei à escola primária, por razões familiares.
A descendente não pára de me surpreender, para tão tenra idade.
Há dias, chegou a casa e responsavelmente disse que teria uma avaliação que a professora anunciara para o dia seguinte. O primeiro teste a sério.
Não é que, não sei se por algo genético (!), em vez de estudar os ditongos, foi mais célere a preparar um lembrete... alinhando os ai os ui e por aí fora. Não fosse esquecer ! A primeira cábula estava feita mas, ao que parece, não foi preciso usar. Portanto, disse-lhe eu, deu o resultado esperado. Decorou o copianço.
Esta quinta-feira, teve uma grande decepção. A professora tinha avisado que uma tal de greve iria ocupar os auxiliares e assim a escola não poderia funcionar.
Afinal a greve não apareceu e a brincadeira do ATL ficou reduzida ao fim de tarde.

Alberto Souto

A entrevista de Alberto Souto dada ao jornal O Aveiro fica para a História, literalmente.
Depois da renúncia ao cargo de vereador, um ano após perder a presidência da Câmara, e com a auditoria pelo meio (incluindo os respectivos contraditórios das partes envolvidas), é o final de um ciclo, diga-se, extraordinário para o município.
Com tudo de bom e de mau que fez, Souto, apesar de surpreendido pela derrota de Outubro de 2005, deixou a fasquia muito elevada para o sucessor.
É só fazer uma retrospectiva dos oitos anos em que pôs e dispôs.
A comparação com o desempenho de Élio Maia fica para mais tarde, estejamos todos por cá é o que se deseja.
A forma como Alberto Souto deixa o seu legado é que poderia ter sido outra. Ao estilo que nos habituou, frontal, poderia ter ido à Câmara e renunciar ao cargo fazendo um último deve e haver perante a maioria PSD-CDS, também para a História que alguém há-de contar.
Ficava melhor do que agir ao sabor das críticas que de quando em vez a gestão actual gosta de disparar como que aligeirando responsabilidades.
O ex-presidente agora, definitivamente de fora, será, quando muito, um comentador sempre de interesse ouvir sobre os assuntos da terra. Mas longe da realidade e mais afastado do andamento dos dossiês, perderá autoridade para falar.
Até sob pena de tirar visibilidade aos socialistas liderados por Raul Martins que tentam agora colar os cacos da derrota eleitoral autárquica.
E não deixa de ser curioso que Souto tenha aparecido numa grande entrevista na véspera do PS concelhio tomar posição sobre a política local. Ou terá sido a secção a agir depois da entrevista ? Ou então foi tudo mesmo coincidência.

7.11.06

Inácio

O interesse grego terá caído do céu para salvar Inácio do 'chicote'? Não sabemos, por enquanto, a história toda.
Mas nada melhor do que juntar o útil ao agradável para resolver um problema que, mais jornada menos jornada, poderia agudizar-se.
A paragem do campeonato sempre dá alguns dias para organizar a passagem de testemunho.
Artur Filipe garante que não há instabilidade na equipa. E no futebol, verdade seja dita, mexidas destas, não raro, têm efeitos positivos.

1.11.06

Beira-Mar

Se Mano Nunes não tivesse aparecido, a Assembleia Geral do Beira-Mar teria passado despercebida.
O ex-presidente levou alguns apontamentos, mesmo assim atrapalhou-se a explicar os números que motivam-lhe preocupações, mas deixou vincada a sua posição eventualmente a recuperar, com juros, nas próximas eleições.
O antigo dirigente mereceu alguns comentários menos abonatórios entre dentes do presidente Artur Filipe e foi vítima de uma entrada à margem da lei do vice José Cachide por causa de um episódio bancário particular, que o presidente da mesa deveria ter sancionado por nada ter a ver com os trabalhos.
Mano Nunes acabou, assim, por ser a figura de uma reunião que entre os 53 associados presentes contou apenas com outra intervenção de mérito, pelo trabalho de casa prévio.
O presidente adjunto Caetano Alves mostrou estar em boa forma. E acertou na previsão do ano passado.

Litoral


A erosão costeira vai estar em debate, no final semana, em Ovar. O mar enrola cada vez mais forte e o aquecimento global não é a única causa.
Na praia do Furadouro (imagem), esta aparentemente inofensiva defesa acaba por ser mais eficiente a longo prazo na recomposição dunar do que os paredões. Mas não lhe peçam milagres.

28.10.06

Buba

Buba obrigou-me a rescrever, por duas vezes, este artigo . E com a ajuda do camaronês, ficou com um final feliz.

CMU-Portugal

O que terão pensado os americanos da CMU que foram obrigados a ouvir quase duas horas de discursos antes da assinatura do acordo com o Governo português que teve lugar hoje em Aveiro. Se não fosse o que o Governo lhes vai pagar, talvez não aguentassem tanto cerimonial.
Foi, obviamente, um exagero, que teve ainda como extra uma prática que começa a ser regra: levar ao palco, em beija mão, aqueles que são contemplados, ou tenham em vista, apoios.
O Primeiro-Ministro chegou a toda a velocidade para não ouvir assobios de sindicalistas, teve umas tiradas em inglês e antes de rumar a outras paragens fez uma breve declaração que queria ver reproduzida com mais enfânse: aceita as críticas e as manifestações "respeitosamente" mas não é isso que o fará mudar de rumo. Veremos até quando.

26.10.06

O casaco de Inácio

Augusto Inácio foi hoje surpreendido quando fazia a antevisão do jogo com o Sporting.
À segunda pergunta, os operadores das camaras das televisões pararam a conferência de imprensa e pediram ao treinador para despir o casaco, porque nas imagens os efeitos do tecido iriam fazer "parecer que estava cheio de caspa".
Inácio respondeu que não se incomodava e até gracejou que poderiam aparecer interessados em que fizesse um anúncio para shampoo anti-caspa.
Mas perante a insistência, especialmente de uma reporter de imagem, cedeu.
"O casaco custou-me 75 contos e a camisa 5, mas vou tirar. Até fico mais pitinho", disse no meio de uma gargalhada geral que fez desanuviar muito o ambiente tenso que se respira por estes dias no Beira-Mar.

Músicas

Certamente não serão as mesmas pessoas mas não deixa de ser surrealista.
Há muito que ouço durante parte do dia música do prédio vizinho.
Uma pianista passa horas, normalmente à tardinha, a praticar.
Agora, ao fim da manhã, chegam-me batidas de uma daquelas muitas variedades tecnho que até lhe perdemos a designação certa.
Nota-se que é ensaio e experimentação, eventualmente de algum DJ ou candidato a tal posto.

24.10.06

Correia de Campos

O ministro da Saúde é do estilo toca e foge: surpreende com declarações controversas, como tem acontecido amiúde, e depois recusa explicações ou comentários quando abordado por jornalistas.
Hoje, em Águeda, já estava a entrar no carro quando aceitou falar com a comunicação social.
Mas avisou, logo, "não há perguntas insidiosas" dos jornalistas no final, do tipo "já agora" e lá vem a questão 'à margem´' . Não valeu a pena tentar, que ele foi-se e nada mais disse.

Negócios

Bancos, telecomunicações, energia, imobiliário são das actividades mais rentáveis neste País.
Aos olhos dos consumidores, aparecem também como os sectores com mais rédea larga para impor, não raramente, todo o tipo de regras, cláusulas e custos a descambar para o abusivo.
Os governantes são quase sempre subservientes ao poder e influência destes negócios que deviam regular em defesa do interesse público. Porque será ?

23.10.06

Urgências

Cada dia que passa o relatório dos peritos que desenharam a reforma das urgências hospitalares perde credibilidade. Será que o ministro da Saúde vai ter respostas para estas e outras questões que têm sido levantadas ? A reorganização dos serviços deve avançar, mas não a qualquer custo.

Himalaia

Sala cheia, esta tarde, na sessão pública da Câmara de Aveiro.
Uns quantos sinais obrigatórios atrasaram e muito a reunião.
O trânsito na rua Cabo Luis apanhou a maioria em contra mão e o vereador Capão Filipe teve de fazer marcha atrás, de modo a apaziguar os mais queixosos.
Até o presidente da Câmara, que é um adepto desta governação de proximidade pareceu aliviado quando a luz passou a verde.
"Não é fácil com este Himalaia, mas assim vamos corrigindo", afirmou antes de anunciar "um intervalo para respirar".

Agrovouga

Não desgostei do novo figurino da Agrovouga. De facto, parecia estar tudo bem organizado, com menos 'feira' e stands mais profissionais. Boa solução a que foi adoptada para ter os animais ao vivo. Compensará, mesmo assim, mudar do Verão, em que se passavam horas no recinto, para uma altura em que o mais certo é a chuva encurtar a estadia ?

18.10.06

Scut, Agrovouga e EDV

Um ano depois de ter sido uma estrelas da noite eleitoral autárquica, com direito a televisões e rádios nacionais, Élio Maia voltou a aparecer em destaque nas notícias do País.
À boleia das Scut
, o autarca de Aveiro como que 'saiu da toca' e fez ouvir a sua voz grave. Foi o primeiro da região a ser procurado pelas rádios.
Conteúdo à parte, na forma não esteve mal a comentar a medida governamental.
Fazia-lhe bem, aliás, aparecer mais como o primeiro protagonista da vida autárquica concelhia que é.

Já era tempo da organização da Agrovouga e a Associação de Lavoura do Distrito de Aveiro entenderem-se.
A manifestação que os agricultores organizam anualmente à porta do certame é um filme gasto.
Depois, também fica mal ter de desviar a presença de governantes na inauguração só para evitar o protesto.

O Entre Douro e Vouga (EDV) mostra a sua força por estes dias no Europarque.
Actualmente, deverá ser mesmo o principal motor industrial do distrito.
Vive-se bem em Aveiro, come-se melhor na Bairrada mas no mundo do trabalho é o Norte que dá cartas.

17.10.06

Protagonistas

Ribau Esteves tem sido um dos rostos da Associação Nacional dos Municípios Portugueses na contestação à reforma das finanças locais.
O autarca de Ílhavo já tinha surgido num debate da SIC Notícias e ontem esteve nos "Prós e Contras" da RTP, ao lado do presidente da ANMP, Fernando Ruas, a dirimir argumentos com o ministro António Costa.
Estará Ribau Esteves a abrir caminho para outros voos, uma vez que já deixou a entender que voltará a ser candidato em Ílhavo ?

Pode um presidente de Junta assumir funções no gabinete do presidente da Câmara ? O assunto tem sido motivo de polémica em Vagos.
A lei, pelo que garante a maioria PSD, não estabelece incompatibilidades a este nível.
Rui Cruz decidiu, por isso, manter na sua equipa o presidente da Junta de Sosa (chefe de gabinete) e a presidente de Santo André (adjunta).
Pode ser legal mas não deixa de ser, no mínimo, estranho.

14.10.06

Crises

O ministro da Economia andava mortinho. Há uns dias, em Estarreja, disse-o de uma forma mais velada na presença do Primeiro-Ministro.
Esta sexta-feira deixou-se contagiar pelos anúncios de investimentos em Aveiro e resolveu decretar o fim da crise. Manuel Pinho, ao fim do dia, já explicou que não era bem aquilo que queria dizer...

A caminho de uma crise poderá estar o Beira-Mar que somou a terceira derrota consecutiva na abertura da sexta jornada da Liga de futebol.
Augusto Inácio não encontra táctica que faça a equipa marcar golos e não sofrer com tanta facilidade na sua baliza.
Jardel, em dois lances, com um pouco mais de felicidade, até poderia ter sido o herói do jogo frente a um Braga que, mesmo em gestão de esforço, mostrou ser uma equipa já de outros campeonatos.
Mas o futebol é mesmo assim e o resultado apaga o que de positivo os aveirenses até possam ter feito.
Não vai ser fácil a época.

11.10.06

Auditoria

O presidente da Câmara tocou muito ao de leve na auditoria da IGF. E terá sido a única excepção ao que o próprio decidiu assumir, e agora reafirmar, sobre tal assunto.
O problema é que não teve, ou não quis ter, mão em alguns dos seus apoiantes do PSD que não resistiram à tentação de usar o relatório preliminar como arma de arremesso político.
O vice-presidente envolveu-se numa polémica com o PS a propósito dos números da dívida e um vogal 'laranja' chegou ao ponto de ter publicado em fascículos algumas considerações mais críticas para a anterior Câmara. Abriram, por assim dizer, a caixa de pandora.
É curioso que nesta questão das dívidas / situação financeira apenas o CDS esteja a assumir uma postura de contenção política, não desautorizando o presidente.

10.10.06

Oposição

O PS insiste que é tempo da maioria camarária governar sem atirar com a pesada herança para justificar os problemas que vai enfrentando. Pode ter a sua razão. Só que a oposição também revela dificuldades em libertar-se do passado recente quanto estava no poder.
Um ano depois da derrota eleitoral, seria útil para a discussão política aveirense que os socialistas apresentassem algumas ideias novas. As alternativas não deveriam ser apenas conhecidas nos momentos próximos das eleições.

5.10.06

Traições

Já assisti, numa Assembleia Municipal de um concelho da região, à intervenção de um cidadão a acusar, olhos nos olhos, um antigo presidente de Câmara de ter viajado para o estrangeiro, numa visita oficial, com a sua esposa.
Deve ter sido o momento mais confrangedor que presenciei nas lides jornalísticas.
O caso Manuel Prior / Raul Martins que agitou a Assembleia Municipal de Aveiro não tem contornos pessoais tão sensíveis.
Mas para muitas vozes do CDS, o que o vogal social democrata fez é uma traição sem desculpa.
O CDS também já terá causado mal estar junto do PSD aquando do episódio das críticas do presidente do Beira-Mar ao vereador Pedro Ferreira, quando o vereador Miguel Capão Filipe ainda estava na direcção do clube.
Para já, os parceiros da coligação ficam quites.

3.10.06

Câmara

Élio Maia abriu o coração à Assembleia Municipal.
O presidente gosta de dizer que é um corredor de maratona e abomina decisões a quente.
Afinal, o mandato é de quatro anos e a pressa pode não ser boa conselheira.
Praticamente esgotados os primeiros 12 meses, os temas da discussão autárquica local são os mesmos.
Continua a falar-se, muito, da dívida, agora a pretexto da auditoria da Finanças.
O plano de saneamento financeiro também é recorrente, mas com as medidas ainda no segredo dos deuses.
Algumas obras e projectos, por força de compromissos eleitorais, foram travados.
Outros mais consensuais remexidos.
De novo, ao fim destes meses, o que temos além de um novo estilo presidencial ?
Élio Maia continua a pedir tempo, não altera os compromissos e dá garantias de ter trunfos.
Tem mais três anos. É um instantinho para as próximas eleições, às quais, de resto, já apresentou a candidatura para ser avaliado.

30.9.06

Rio

Um é economista. O outro filósofo.
Um é presidente de Câmara e militante do PSD. O outro é presidente de Câmara sem filiação partidária à frente de uma coligação de direita.
Para além de ambos serem autarcas, o que têm Rui Rio e Élio Maia em comum ?
Ulisses Manuel, líder da concelhia do PSD, apontou mais semelhanças no lançamento do debate que trouxe a Aveiro o antigo secretário-geral do partido.
Ambos não se conformaram com as pesadas heranças que assumiram quando eleitos. Sucederam a socialistas. E são muito pouco preocupados com a opinião publicada e mais interessados nos cidadãos.
Recebido como um guru pelo PSD de Aveiro, o controverso presidente da Câmara do Porto deu uma lição de como gerir um município.
O edil disse que é preciso resistir à tentação de fazer promessas eleitoriais impossíveis de cumprir e enfrentar os poderes instalados, lembrando a guerra que trava com interesses imobiliários.
Resta saber se estas e outras 'leis' de Rio vão ser aplicadas à beira ria.

27.9.06

UA

“Temo que estejamos perto da ruptura”, avisou a reitora da UA na abertura solene de mais um ano lectivo. Bem me parecia que tinha já ouvido algo semelhante.

Aveiro | 27-MAI-2006 13:31
Helena Nazaré não deixou de lembrar que "a falta de investimento desde o ano 2000" está a causar problemas graves +

Aveiro | 06-OUT-2004 17:44
Governo trava acesso das universidades a saldos de gestão. A medida, que o Ministério das Finanças aplicou em nome do equilíbrio financeiro, desagradou à reitora da Universidade de Aveiro (UA) +

Aveiro | 29-MAI-2004 16:51
A Universidade de Aveiro (UA) tem acautelado a "significativa diminuição" de fundos públicos gerando novas receitas através de contratos de investigação e prestação de serviços +

Aveiro | 01-OUT-2003
"O ensino superior continua a ser visto como uma despesa e não como um investimento". Palavras da reitora da Universidade de Aveiro (UA) ouvidas na abertura do ano lectivo +


Aveiro | 24-MAI-2003
Para Helena Nazaré, as recentes medidas governamentais anunciadas para melhorar a qualidade do ensino "revelam uma ausência de visão estratégica". E "não parecem traduzir senão uma redução cega do investimento no sector" +

Aveiro | 08-JUN-2002
Helena Nazaré alertou o ministro para a injusta penalização da UA na aplicação da fórmula de financiamento, que "compromete seriamente investimentos necessários". Aveiro apresenta o "maior desvio percentual" +

26.9.06

Caracol

Num momento de raro consenso, a vereação deu indicações seguras na última reunião do que poderá vir a ser a mascote da Câmara de Aveiro até ao fim do actual mandato.
Em mais uma intervenção crítica, o vereador do PS Marques Pereira lamentou a falta de empenho do executivo no Dia Sem Carros, ao contrário do que sucedia, na sua opinião, quando Alberto Souto era presidente.
Das actividades organizadas pela coligação, o socialista não reteve mais do que um caracol gigante insuflável no Rossio que, apesar de imóvel, considerou ser “um sprinter ao pé da mobilidade” da actual maioria.
A piada foi devolvida nos mesmos termos por Miguel Capão Filipe quando fez notar a ausência da oposição no debate sobre a mobilidade na Beira Mar. “O caracol chegou seguramente primeiro”, atirou. O vereador lembrou também a decisão camarária de, finalmente, colocar o centro coordenador de transportes a funcionar. Uma obra que “estava a passo de caracol” desde o tempo do PS.
O caracol, está visto, serve os interesses da maioria e oposição.

Vindimas

O amanhecer cobre de névoa as vinhas de S. Lourenço do Bairro, em Anadia, no coração da Bairrada, criando uma paisagem magnífica.
O aroma frutado que se espalha no ar indicia que as uvas estão maturadas, à espera que alguém lhes ponha as mãos.
As vindimas seguem a bom ritmo.
Os terrenos calcários e argilosos, as castas (onde a Baga ainda é raínha), e o saber fazer secular são a combinação perfeita para criar magníficos vinhos.

25.9.06

Responsabilidades

É uma lição que se apreende em poucas aulas.
Gerir organizações empresariais implica assumir responsabilidades. Com maior ou menor risco, bem ou mal ponderado, são os responsáveis que o devem fazer.
Mas quando as coisas dão para o torto e implicam correcções a rumos traçados ou mesmo mudanças drásticas, nem sempre são responsabilizados pelas opções erradas que tomaram.
E quem paga é invariavelmente o mexilhão.

21.9.06

D. António Marcelino

D. António Marcelino já tem sucessor. Após alguns meses de espera, o Vaticano preencheu a vaga criada por força do agora Bispo Emérito ter atingido o limite de idade.
D. António Marcelino tem sido ao longo do seu percurso de vida uma figura marcante na sociedade portuguesa.
Incómodo e inconformista, mesmo com a Igreja e as suas práticas, ainda hoje faz jus à reputação de progressista que em tempos mais recuados lhe valeram alguns olhares desconfiados.
Chegou a hora de passar o testemunho recebido de D. Manuel Almeida Trindade, outra personalidade que marcou o seu tempo.

20.9.06

Efeito Jardel

Há quanto tempo o Beira-Mar, mesmo que por interposta pessoa, não era capa inteira de A BOLA? Desde a conquista da Taça de Portugal, presumo eu. E mesmo aí, não estou certo de igual destaque ao que Jardel consegue (ainda) atrair.

Comércio tradicional

Hoje em dia, ter um estabelecimento comercial de que tipo for é uma aventura de alto risco.
Quem tem casas abertas, enfrenta concorrência como nunca se viu.
Nos últimos anos, multiplicaram-se por muitas vezes os centros comerciais, hipermercados e mini-preços. Estão em todo o lado, a poucos minutos.
Sempre que abre um novo espaço comercial de maiores dimensões , o comércio local abana.
E isso faz-se sentir com meses de antecedência. É o que está a acontecer em Ovar com a construção do Sportsforum.
Num caso que conheço, a abertura de uma loja de marca roupa para criança ditou a decisão de uma familiar fechar as portas do seu estabelecimento.
O comércio tradicional, dito de proximidade, tem uma função importante na comunidade, enquanto pequenos pólos de animação, evitando a desertificação dos centros mais antigos.
Em Aveiro, a vida de muitas ruas e praças depende das lojas.
Só que as dificuldades estão à vista. Há negócios a fechar todos os dias e são bem menos os que tentam a sua sorte.
Por isso, quando vejo outra amiga a remar contra a maré, dando colorindo a uma rua, que apesar de ser das mais típicas de Aveiro, está tomada por prédios envelecidos e a ameaçar ruína, só lhe posso desejar muita sorte (traduzida em clientes!) para que seja a excepção a uma triste regra.

17.9.06

Tradições

Vivemos numa região onde as tradições populares, apesar de ainda vivas, estão ameaçadas pelo esquecimento à medida que as gerações se renovam.
Quem assiste a um desfile etnográfico ou a uma desfolhada à antiga encontra nestas práticas ancestrais das gentes do campo algo que começa a rarear na nossa sociedade: alegria, boa vizinhança, entreajuda. Apesar de tudo, vê-se esperança. É um viver espontâneo, ao ritmo das estações do ano.
Alguns (cada vez menos) novos ainda aprendem dos velhos ensinamentos, que não sendo já úteis aos ofícios de hoje, não ficam perdidos ou reduzidos a práticas museológicas.
Foi isso que se tentou fazer, por exemplo, no estaleiro de construção naval artesanal da Murtosa.

15.9.06

Dívidas

Apesar do seu low profile, o vice-presidente da Câmara de Aveiro assume, ao contrário do líder do município, posições marcadamente políticas e, por vezes, até partidárias.
Carlos Santos voltou a escrever nos jornais. E faz bem.
Contra o que o próprio Élio Maia garantira, temos aí na praça pública a famosa auditoria. Números e comentários menos abonatórios para a gestão anterior vão sendo soltos. Agora até pela via mais oficial, de um elemento da Câmara.
Se o efeito pretendido é baixar o tom das críticas da oposição camarária, não sei se resultará.
De qualquer forma, é bom saber-se, exactamente, qual foi a herança deixada por Alberto Souto a troco do Euro 2004 que, vale a pena lembrar, não deixou ficar apenas as dívidas do estádio que todos os partidos aprovaram. O efeito promocional da cidade não teve preço.
Os socialistas devem guardar o escrito mais recente de Carlos Santos. Para aprenderem como não se deve gerir uma Câmara. Mas também porque no final do mandato vai ser útil. É que da forma como as autarquias são geridas neste País, o balanço a cada período eleitoral é sempre dominado pelas contas da coluna do passivo que, normalmente, vai crescendo. A argumentação da IGS agora usada ainda pode vir a ser útil para outro filme.

Escolas a tempo inteiro

As escolas agora querem-se a tempo inteiro com prologamentos de horários e actividades de enriquecimento curricular.
São as expressões que mais temas de conversa suscitam por estes dias de regresso às aulas com alguns papás e mamãs ainda mais nervosos do que os filhos que entram na escola pela primeira vez.
No meu tempo de primária, não existia nada disto. Era improvisado, com desvios pelos campos e brincadeira farta até chegar a casa. Os resultados pedagógicos seriam reduzidos, mas a escola da vida faz-se dessas e de muitas outras coisas extra-curriculares.
Os tempos mudaram. E o Governo PS quis pôr o País educativo a um ritmo supostamente mais evoluído e com crianças a falar inglês, antes mesmo de saberem a língua materna !
Querer é um bom princípio mas não basta. É necessário dinheiro para pagar os custos.
E o ministério da Educação parece dar pouco para o que vai receber.
Se não fossem as autarquias, os ATL´s públicos e privados, assim como os pais, não daria para o brilharete.
Os prolongamentos colocam a nu as grandes dificuldades de muitas escolas públicas, antigas e mais recentes, que não têm a capacidade de resposta que o desafio governamental coloca, por falta de condições físicas e humanas.
É o caso de uma das últimas a ser inaugurada em Aveiro. Quase não têm fundo de maneio para fotocópias (e são as crianças que levam papel), a cantinha funciona no laboratório com as refeições pré-cozinhadas no dia anterior e o acesso do portão até ao edifício ficou sem resguardo para a chuva, eventualmente por defeito de arquitectura.
O mais importante será, no entanto, arrancar com isto. Para que as crianças aprendam e nós estejamos descansados.

12.9.06

O que é que a Feira tem ?

O que atrai tanta gente a ir viver para Santa Maria da Feira , não tendo raízes familiares ou actividade profissional naquele concelho?
Conheço três casais nestas situações. Não trabalham, nem têm família por lá.
O bonito castelo merece uma visita mas não é motivo suficiente para escolher poiso.
Será pelo Europarque ? Talvez não.
O Imaginarium, o festival de cinema brasileiro do Cineclube e a Viagem Medieval talvez sejam argumentos mais fortes para quem leva em conta a vida cultural.
Não esquecer o hospital S. Sebastião.
Dizem-me, ainda, que os preços das casas são atractivos.
Acho, contudo, que as grandes vantagens residem, por um lado na sua localização central, e, por outro, nos acessos rodoviários (com um nó da A1 em plena cidade e o IC1 também à mão).
Perto de Aveiro, mais perto do Porto e a meio caminho de outros tantos destinos regionais.

10.9.06

Jornadas da Ria

Ribau Esteves causou um momento de frisson na abertura das I Jornadas da Ria ao dizer que a “primeira reacção” que teve quando recebeu o convite para os trabalhos foi “recusá-lo liminarmente”.
A explicação do presidente da AMRIA acabou por afastar qualquer controvérsia que poderia manchar os bons propósitos do evento organizado pela Câmara de Aveiro.
O convite trouxe à memória do activo autarca ilhavense o primeiro congresso da Ria, em Abril de 2004, que conseguiu trazer a Aveiro o então Primeiro-Ministro Durão Barroso para anunciar a criação de uma entidade gestora da Ria. O compromisso ainda passou a decreto só que a saída do ex-líder do PSD para a Comissão Europeia inviabilizou uma primeira promulgação do Presidente da República. Depois aconteceu o mesmo com a queda do Governo de Santana Lopes. “Foi a inconsequência total”, lamentou Ribau Esteves.
O presidente da AMRIA defendeu para a Ria de Aveiro projectos turísticos "com dimensão", por exemplo na náutica de recreio, mas desta vez não falou na controversia em torno da Marina da Barra.

7.9.06

Murtosa


A raínha da Ria, que tem o mar à cabeceira, está em festa por estes dias em honra de S. Paio da Torreira.
A altura não podia ser a melhor para o município fazer um bota-abaixo virtual e estrear o renovado site que terá, certamente, um toque especial do vereador Januário Cunha.
A página, de muito bom nível, passará a figurar no bookmark.
Quanto à romaria, pelo menos no sábado, a não surgir nenhum imprevisto de maior, lá estaremos a cumprir a tradição e bem regada, como manda o santo padroeiro.

4.9.06

Tecnologias

Quando era miúdo, as constantes falhas de luz onde vivia, sobretudo à noite e em dias de mau tempo, eram um tormento. Sem televisão, pouco mais nos restava senão xixi cama.
Hoje, é muito mais raro faltar eletricidade.
Os problemas informáticos que ocasionalmente enfrento nas actividades diárias a lidar com computadores e programas fazem-me lembrar aqueles pequenos dramas dos tempos de criança / adolescente.
Alguns sucedem por causas tão simples como desligar abruptamente um computador que ficou sem bateria ...e não estava ligado à corrente.
O Notícias de Aveiro foi obrigado neste inicio de semana a uma pausa que se espera vir a ser curta para encontrar alguns ficheiros aparentemente perdidos e voltar com todos os milhares de artigos e anexos disponíveis para consulta on-line, gratuita e planetária.
As tecnologias também nos tramam de quando em vez.
Mas quando bem utilizadas, o seu potencial é enorme.
Que o digam as 30 empresas beneficiárias do Aveiro Digital que este mês vão apresentar as soluções desenvolvidas para apoio à gestão e produção. São tecnologias em grande medida desenvolvidas por gente da região, o que tem um valor acrescentado maior, e que podem ser replicadas agora em outras empresas.
O programa deve terminar, formalmente, no fim do ano.
No entanto, os participantes acham que seria interessante continuar com uma nova fase de investimentos no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio.
Importante seria também o programa iniciado com o projecto da Cidade Digital dar novas oportunidades a outros promotores, sobretudo a quem está a dar os primeiros passos ou necessite de um empurrão, permitindo um novo fôlego a ideias e projectos de gente empreendedora mas, eventualmente, ainda sem a visibilidade que grande parte dos actuais beneficiários já têm no meio.

31.8.06

Sussurros e tunning

Não valeu de nada Élio Maia dizer que ia ficar "calado" sobre a auditoria da IGF porque alguém, autorizado ou não, sussurrou alguns números como que para fazer calar a oposição PS, cada vez mais incómoda .
O passívo, com mais ou menos milhões, continua a dominar a actualidade autárquica. Os presidentes passam e a dívida fica.
Quase a fazer um ano de gestão, a maioria ainda não decidiu medidas de fundo para controlar o peso do guloso 'monstro' que, aparentemente, não pára de crescer.
Ora, isso é que era importante ouvir.

Interessante, promete ser o encontro de tunning. Entre alterações nas carripanas e maminhas ao léu, a avaliar pela logística instalada no estádio vamos ter, pela primeira vez (!), uma enchente sem ser por causa de futebol.
Durante anos falou-se muito em espectáculos com estrelas internacionais e outros eventos que não viram a luz do dia.
É caso para dizer finalmente algo para dar vida ao elefante colorido de Aveiro.

28.8.06

Stress pós veraneio

As férias parece que não fizeram bem a todos os membros da Câmara de Aveiro.
Além de (alguns) tons bronzeados, a primeira reunião pública, realizada segunda-feira à tarde, mostrou que oposição e maioria não souberam aproveitar os dias de veraneio para aliviar o stress autárquico desrespeitando o estado de graça por altura do regresso ao trabalho.
Marques Pereira, pelo PS, entrou em campo com um ritmo pouco estival e o tom usado tirou logo o sorriso ao presidente. Os socialistas não estão dispostos a contribuir para o descanso da coligação que até foi acusada de permitir que espaços municipais sejam usados para incentivar "a exploração sexual". Em causa, uma faixa a anunciar o programa de um evento de tuning no estádio municipal com streptease no programa de animação.
Élio Maia disse no final que até compreende "aquele discurso político nesta dialéctica partidária" mas viu-se que começa a ter cada vez menos 'capacidade de encaixe' para certos reparos mais críticos ou a pedidos de informação insistentes a que já nem responde.
A temperatura subiu com a reacção do PS à intenção camarária de desvalorizar as comemorações do Dia Sem Carros. Ao contrário de anos anteriores, em que Aveiro sempre fez uma grande aposta, os festejos "vão passar ao lado", acusou Marques Pereira.
O vereador Miguel Capão Filipe justificou dizendo que não há dinheiro para "folclore" e prescreveu a Marques Pereira "uma resposta ansiólitica para tanta ansiedade" já que não fora sequer revelado o programa.
Estranhou ainda que os socialistas defendam tanto a bandeira da mobilidade e tenham investido num túnel na estação que inunda a cidade de mais carros.

25.8.06

Perdições

Quem diz que a Net não vicia ?
Depois da perdição pelo Google Earth, decidi entubar-me. O mal piorou... Não faltam pérolas escondidas no motor de pesquisa deste repositório. Podemos sonhar com Aveiro no final de dia (amanhecer?) lindo ou assumir as nossas fraquezas.

Futebol

O regresso do Beira-Mar à Liga principal do futebol português tem sido alvo de curiosidade no defeso. Esta nova etapa coloca, também, muitos desafios.
A direcção tem pela frente um teste ao projecto de afirmação do clube entre os maiores que não pode falhar, sob pena de comprometer o futuro.
Augusto Inácio, depois do sucesso na Liga de Honra, espera esta oportunidade para mostrar que pode voltar a ser um treinador de resultados num nível superior.
E Jardel, a grande atracção aveirense, a última chance de limpar a má imagem que deixou no mundo da bola no seu percurso mais recente.
Seria animador, de facto, começar bem mas mais importante é acabar em beleza, no final da maratona. Veremos.

22.8.06

Complicadex

Quanto mais Simplex, mais complicadex ? Assim parece.
O selo do carro, pago atempadamente pela Net, chegou muitos dias depois obrigando-me a arriscar uma multa nas viagens País acima, País abaixo por estas alturas de veraneio .
A burocracia sobrevive ao mais poderoso sistema informático esbarrando, eventualmente, num preguiçoso back-office.
Quando pensava que mais nada me surpreenderia, eis que a recente tentativa de aquisição de uma placa de banda larga colocou-me perante o mais incrível pedido dos últimos anos. A operadora (da qual já sou cliente noutros serviços) exige uma certidão da conservatória para comprovar a existência da empresa ! Mesmo acreditando que as coisas, entretanto, até melhoraram, estou capaz de desistir do negócio se a dita telecom não desistir ela da triste ideia.

31.7.06

PSD

Manuel Pinho já fez com algum sacrifício a campanha eleitoral como número um do PS pelo distrito. Assumidamente, não foi candidato para ser deputado. Tinha outra expectativa que a subida dos socialistas ao poder confirmou. Tornou-se ministro. Poucas vezes tem vindo à região. Mesmo para coisas boas, como aconteceu com o lançamento da primeira pedra da fábrica de biodiesel da Martifer no Porto de Aveiro onde à última da hora foi substituído por um secretário de Estado.
Manuel Pinho não exerce o cargo com grande carga política e, por isso, desvaloriza as chamadas incursões ao terreno. Muito menos deve dar importância à necessidade de passar, de quando em vez, pelo distrito. Já tinha avisado, de resto.
Se tivesse outro comportamento, as queixas do PSD poderia ser outras (eventualmente, de aproveitamento político do cargo, eleitoralismo, etc.). Preso por ter cão...
Os deputados sociais democratas também arriscam-se é ver o PS um dia destes questionar o que anda a fazer Marques Mendes (cabeça-de-lista) ou Hermínio Loureiro, agora lançado na corrida à Liga de Clubes de futebol.

26.7.06

Beira-Mar

O almoço não terá sido indigesto a avaliar pelas declarações de Artur Filipe e Raul Martins.
Foi o presidente do Beira-Mar que tomou a iniciativa de convidar o líder da concelhia do PS e da oposição local.
Raul Martins tem sido só uma das vozes mais críticas do acordo que a Câmara estará a germinar para saldar a dívida da EMA que, fala-se, mete pelo meio a doação de um terreno.
Fica por esclarecer exactamente para que serviu a acção de charme de Artur Filipe junto do socialista.
Uma coisa é certa: o clube está mais necessitado do que nunca dos 800 mil euros que tem a haver. Precisa, por isso, de toda a ajuda para o dinheiro entrar nos cofres.
O presidente da Câmara, prudentemente, também não quererá tomar decisões que não sejam minimamente consensuais. Portanto, importa que a oposição subscreva o cheque (em dinheiro ou géneros).
Aguarda-se novos capítulos da novela.

24.7.06

Bares

Sobre o horário dos bares, é evidente que a Câmara cometeu a falha de não ouvir os moradores (e os outros agentes envolvidos) como fora assumido pelo presidente.
O vereador Jorge Greno até esteve em bom plano a defender o prolongamento. Só o episódio dos tiros de arma de pressão é que pode dar azo a más interpretações.

Praça do Peixe

Aveiro tem um problema antigo com os bares. Proprietários, moradores, polícia e Câmara não se entendem. O assunto voltou à baila por estes dias. Não será fácil chegar a acordo, quando ninguém faz cedências.
O que me causa maior estranheza é a degradação da zona e falta de cuidado na limpeza da sala de visitas da cidade.
De manhã, os despojos da noite acumulam-se na praça à vista de quem passa.
As vidraçados do mercado do peixe estão há meses seguras por uns caibros. Será que é tão difícil corrigir o problema?
Há vendedores que lavam ali mesmo as carrinhas, como se fosse uma estação de serviço ao ar livre.
A precisar de atenção está também a praça Melo Freitas, com um conjunto de imóveis com mau aspecto.
Aveiro é linda, se não olharmos muito para as rugas e pontos negros.

20.7.06

Energias alternativas

A escalada do preço do petróleo por razões naturais (escassez de recursos) e geopolíticas (conflitos, tensões, etc. ) não deixam outro caminho senão a aposta em força nas energias renováveis.
A Martifer, do vizinho distrito de Viseu, decidiu colocar Aveiro na rota dos seus investimentos. É um caso muito interessante este grupo que começou por montar infra-estruturas metálicas e avançou com uma diversificação para outras áreas estratégicas.
Importante será também a escolha do consórcio liderado pela EDP para mais alguns parques eólicos, já que a A. Silva Matos, de Sever do Vouga, encontra-se associada ao projecto. Outra empresa da região que procura apanhar a onda das energias alternativas.

18.7.06

Aveiro Basket

O futuro da SAD é ainda uma incógnita mas a Câmara ao retirar o Aveiro Basket da Liga afunda o projecto que Alberto Souto um dia resolveu salvar quanto já mostrava fortes debilidades.
Os erros de gestão, a falta de entendimento entre os accionistas clubes, o desinteresse dos privados que estiveram no início e a falta de resultados desportivos nos anos recentes condenaram a SAD que, na teoria, até tinha tudo para vingar. É nisto que os portugueses são muito maus. Não somos dados a aplicar boas ideias.

17.7.06

Jardel III


Ao contrário do que tem sido dito, Jardel tem tudo a provar. Na minha opinião, nem é mau que assim seja. Antes de mais, provar que a cabeça está no sítio para voltar a fazer golos.
Depois de alguns anúncios em falso, apresentou-se em Aveiro.
Apareceu algo ansioso, nervoso até, na conferência de imprensa, mas com uma inesperada humildade. Puxar dos galões também não ajuda agora.
O fair play da imprensa, com alguma brincadeira pelo meio (Jardel mandou para casa um jornalista que comentou não gostar de trabalhar), deixou o brasileiro com espaço livre para ganhar confiança e enfrentar as questões, ainda que sem querer avançar para terreno menos favorável ao seu jogo (o passado desportivo recente).
Mário Jardel tem muitos poucos a torcer por si e terá de enfrentar uma onda quase nacional de chacota.
Fisicamente, o antigo goleador, à primeira vista, não veio assim tão mal.
Está a contar com treino específico ao seu jeito e um esquema táctico que o torne o homem golo da equipa.
Avisado certamente que Inácio não é de dar facilidades e gosta de ter os jogadores na mão, prometeu trabalhar no duro para receber a titularidade.
E se Jardel conseguir cumprir o que prometeu terá direito a muitas mariscadas à borla. Foi esse o prémio que o dono de um restaurante da Costa Nova se prontificou a pagar.
O efeito mediático da contratação está bem patente no Google que faz referência a 137 mil notícias sobre Jardel e Beira-Mar.

11.7.06

Jardel II

Jardel ainda não veio, nem assinou contrato, mas o facto de ter apalavrado a vinda para Aveiro colocou o Beira-Mar nas bocas do mundo.
Augusto Inácio diz acreditar que é possível reabilitar o jogador que ficou famoso nos últimos anos mais pelas tropelias fora de campo do que pelos golos.
O Beira-Mar tem um grande desafio pela frente. Os riscos maiores até nem serão tanto desportivos (há outras soluções no plantel para ponta-de-lança) nem financeiros (no Goiás, Jardel terá ganho ao jogo).
O que a direcção não pode descurar é dar o devido acompanhamento ao mediatismo, já instalado de resto, em torno da contratação do brasileiro.
Os holofotes estarão em Jardel, para o bem ou para o mal.
Esta oportunidade tem de muito bem aproveitada pelo clube ao nível de relações públicas e comunicação.
O elenco de Artur Filipe tem no presidente adjunto Caetano Alves um profissional da área do marketing que está à altura das acções que serão necessárias planear e executar.
Infelizmente, os primeiros dias da nova época não correram bem em termos de apresentações de jogadores como deveriam (ausência de informação sobre jogadores, conferências de imprensa que se pede a jornalistas para divulgarem entre si, entre outras falhas) para um clube que vai disputar a Liga principal.
Resta pouco tempo para fazer as correcções necessárias.
Jardel, a confirmar-se a sua chegada, vai colocar à prova toda a estrutura do Beira-Mar.
Se correr bem, isto é jogar e for marcando golos, conseguirá, certamente, arrastar muita gente ao estádio e , quem sabe, revitalizar uma marca que poderá ter retorno importante para o clube de Aveiro.

Demolição

A Câmara de Aveiro não fica muito bem neste retrato. E não é com reacções algo intempestivas que poderá fazer valer as suas razões.
A defesa do património, classificado ou não, fica quase sempre a perder para os interesses imobiliários menos sensibilizados para a preservação da memória colectiva.
Aconteceu no passado, voltará a acontecer um dia destes num local perto de si.

9.7.06

Jardel

O Beira-Mar era das equipas que menos atenções tinha chamado no defeso. Com esta jogada, será tudo bem diferente. Falta saber se para o bem ou para o mal.

5.7.06

Obrigado Portugal


A equipa lusa merece um agradecimento por todas as alegrias das últimas semanas!
Afinal, Portugal conseguiu entrar no topo ranking das melhores selecções mundiais à frente de muito boa gente.
O peso da (infeliz) tradição fez-se sentir com a França.
Ainda assim, ficou a sensação que um pouco mais de eficácia ofensiva seria o bastante para a Selecção Nacional afastar os franceses que, diga-se, foram uns borrados.
Para acabar em beleza, que tal uma vitória frente à Alemanha ?

4.7.06

"Joana"

A apreensão do navio "Joana", que também será "Kabou", terá conhecido desenvolvimentos esta terça-feira.
A operação das autoridades norueguesas está a merecer destaque na imprensa daquele País. E em termos pouco abanotários .
Juridicamente, o navio será propridade de uma empresa de S. Tomé e Príncipe detida por sua vez por uma fundação que é representada em Portugal por Silva Vieira. O armador de Ílhavo garante que tudo não passa de um equívoco da Noruega e encontra outros motivos para a intervenção da guarda costeira.
Para complicar um pouco mais o enredo, a Greenpeace avançou com outras informações. E mostrou que o "Joana" ou "Kabou" também será (ou terá sido ?) "Lootus".
Vale a pena também ver este relatório da organização ambientalista.

3.7.06

Assembleia Municipal

Muitos deputados municipais manifestamente não fazem o trabalho de casa e depois ainda têm o desplante de criticar as fontes onde bebem assuntos para pôr faladura na Assembleia Municipal.

Beira-Mar


A Câmara entrou hoje em campo com o Beira-Mar . Dos elementos da maioria, faltou apenas Pedro Ferreira que em tempos foi visado por críticas do presidente da direcção.
O presidente Élio Maia ainda não entregou o cheque para pagar a dívida da EMA mas a direcção ficou muito reconhecida com a resposta do executivo ao convite para tomar parte na apresentação.
Um acto inédito em Aveiro.
Os jogadores, que deveriam ser as estrelas, acabaram relegados para os lugares da assistência na sala de imprensa para ouvir as palavras de circunstância.
A 'máquina' de apoio ao futebol clube ainda está a precisar de afinações já que foram os jornalistas que tiveram de andar a descobrir quem eram as novas caras e obter outras informações.

2.7.06

Ricardo


Agora que a euforia passou, revendo o jogo o feito da selecção das quinas fica ainda mais valorizado.
O guarda-redes português esteve absolutamente incrível num jogo em que o sector recuado foi mesmo a nossa salvação para manter a tradição frente aos ingleses.

28.6.06

GAMA

É um caso típico de como as coisas em Portugal andam ao sabor de conveniências políticas e partidárias.
A GAMA começou sem despertar grandes entusiasmos num impulso do então Governo PSD, não saiu do papel e já tem a sentença de morte anunciada uma vez que o actual elenco socialista tem outros planos.
Não é caso para dizer que fomos 'gamados' pelos nossos políticos mas estes avanços e recuos não ajudam a melhorar a imagem de quem nos deveria governar.

Se a moda pega...

Alguns autarcas não param de surpreender. Rio e Ruas no seu melhor.

26.6.06

Élio, o planeador

Élio Maia "tem uma queda natural para o planeamento. Anda sempre com as plantas e a desenhar". Uma confidência feita na reunião pública da Câmara pelo vice-presidente Carlos Santos como que descansando os moradores mais receosos da construção da nova avenida.
O projecto que o anterior elenco queria pôr em marcha afinal vai parar ao caixote do lixo e a maioria de direita está à tratar de encontrar alternativa ainda não desvendada mas que reúna consenso.
Vitor Martins, presidente da Junta (PSD), pareceu bem informado e até já anunciou o início das obras para este ano.

Mundial


O árbitro russo complicou e os portugueses não foram nenhuns anjinhos com algumas atitudes disparatadas que poderiam ter custado a eliminiatória.
No entanto, o que me desiludiu mais foi mesmo a Holanda.
Os seus adeptos mereciam mais de uma equipa que embora tendo criado possibilidades de, pelo menos, levar o jogo a prolongamento, revelou um comportamento anti-desportivo incrível.
Venham os ingleses!

24.6.06

Assembleia Municipal

Será que é normal uma ordem de trabalhos tão escassa e desinteressante para a Assembleia Municipal ordinária de Junho, a última antes de férias ?
Esperemos que valha pelo período antes da ordem do dia e comunicação do presidente mas não deixa de ser estranho.

22.6.06

Serviços camarários

Como se sabe, os serviços camarários de Aveiro voltaram a ser divididos funcionando entre o edifício dos Paços de Concelho e a antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos. Por coincidência, ou talvez não, no primeiro ficaram os vereadores do CDS e no segundo estão os do PSD.
Aveiro, ao contrário de outros municípios que têm construído novos e funcionais Paços de Concelho, mantém a velha tradição de dispersar serviços pela cidade. Já foi pior, é certo.
Uma das particularidades dos serviços concentrados na Fonte Nova é estarem paredes meias com um centro de congressos e exposições com restaurante e bar. Neste último caso, funciona mesmo como a porta de entrada e onde muitos munícipes acabam por esperar. O que pode ficar caro, se entender consumir. Um café por 70 cêntimos em horário de atendimento da Câmara é um roubo, ainda por cima quando tem exclusividade para o público.

21.6.06

Rota da Luz

O Governo mantém suspense sobre o futuro que reserva para a Regiões de Turismo. Só mais para o final do ano se saberá quantas e quais exactamente vão ser extintas.
Pedro Silva diz que não foi eleito para ser o liquidatário da Rota da Luz e, como tal, tratou de injectar uma dinâmica que há muito não se via no organismo.
Para escapar à extinção, será necessário, mais do que ganhar dimensão territorial, oferecer produtos turísticos que justifiquem a sua existência.
Resta saber se o trabalho que a Rota da Luz tem feito em várias áreas nos últimos meses não será inglório.

20.6.06

Living with war ?

Está na hora de fazer coro com Neil Young.

Lixos

O que atrai tanto alguns autarcas pela nova unidade de tratamento de lixos urbanos que a ERSUC quer construir ? É que atrás dos resíduos poderão vir sempre algumas benesses que o Governo aparentemente estará disposto a dar.
A população em alguns casos não se deixa convencer com facilidade como aconteceu com a incineradora de lixos industriais de Estarreja.

17.6.06

Superstições


No Euro 2004, um queijo foi o nosso amuleto da sorte... até à final.
Andou de casa em casa, vitória após vitória, aguentando mal cheiroso e a derreter até à derrota final.
Acabou intacto no lixo até que a Grécia nos roubou o sonho.
A superstição repete-se durante o Mundial da Alemanha.
Para já, o exemplar mantém o bom aspecto e faz aguçar o apetite. Mas é preciso resistir à tentação. E esperar que Portugal lhe dê o tempo necessário para ganhar bolor. Será que desta vez vai chegar a apodrecer ?

16.6.06

Perestrelo

É arrepiante recordar Jorge Perestrelo . A voz que nos convoca memórias inesquecíveis das grandes vitórias, em especial da gloriosa campanha de Portugal no Euro 2004. Sentimos a tua falta pá!

14.6.06

Bugas

A Câmara terá encontrado uma forma interessante de dinamizar o projecto da bicicleta de utilização gratuíta que ainda não tinha sido divulgado. A Buga é utilizada dentro da fábrica C.A.C.I.A. (Renault) para os trabalhadores circularem entre os vários pavilhões.

13.6.06

Agrovouga


A Agrovouga este ano vai ser mais tardia, depois das colheitas.
No material distribuído à imprensa ainda aparece uma referência à data tradicional, em Julho, mas a organização garante que a mudança foi consensual.
O programa, segundo o que foi hoje anunciado, terá muitas novidades.
A aposta deve-se à necessidade de relançar um certame que a autarquia quer ver entre os maiores do sector.

Beira-Mar

Há um ano, a actualidade local era dominada em grande parte pelas eleições no Beira-Mar que a lista encabeçada por Artur Filipe viria a ganhar.
Com o clube despromovido depois de uma época para esquecer, o trabalho da nova direcção foi sempre norteado para um grande objectivo: regressar à liga principal.
Alcançada a meta, nesta altura o Beira-Mar prepara a participação no campeonato maior do futebol português.
Artur Filipe e companhia têm tido muitos motivos para sorrir, apesar de alguns amargos de boca extra desportivos.
O clube tem pela frente grandes desafios, desde logo, conseguir a manutenção para solidificar a sua posição entre os grandes.
Não faltarão, por isso, motivos de interesse durante os próximos tempos.

12.6.06

Discursos e estilos

O vereador do PS Marques Pereira confessou hoje já ter algumas saudades dos discursos de Alberto Souto.
O desabafo foi feito depois de ter pedido referências mais concretas nas intervenções que o actual presidente faz em momentos solenes.
Embora tendo renovado os elogios pelo requinte poético dos escritos lidos por Élio Maia no primeiro Dia da Cidade a que presidiu, assim como mais recentemente no 10 de Junho, Marques Pereira notou que "faltaram compromissos para o futuro e uma palavra aos aveirenses".
Sugeriu, por isso, abordagens a "temas concretos, projectos e ideias que a Câmara entende abraçar".
A troca de opiniões sobre discursos e estilos literários subiu de tom quando o vice-presidente Carlos Santos resolveu trazer de volta a polémica suscitada pelo discurso feito por Alberto Souto a 12 de Maio de 2004 (e não o do ano passado, como erradamente datou).
"Foi dos discursos mais deploráveis e ofensivos que um presidente da Câmara pode proferir", criticou, confessando que não abandonou a sala "porque não podia sair".
Em contraponto, achou o discurso de Élio Maia a 12 de Maio "adequado", sugerindo inclusivamente que fosse comparado com o tal "exercício deplorável de retórica" assumido por Alberto Souto.
Questões políticas e partidárias no dia de Santa Joana "são perfeitamente desajustadas", disse, entendendo, por isso, que o presidente actual não deve aproveitar tal momento para apreciações desse género.
Marques Pereira saiu em socorro do anterior presidente, sublinhando que é necessário transmitir aos cidadãos algo ligado às realizações da Câmara para além de outras referências.
Élio Maia acabaria por terminar a troca de galhardetes sublinhando que fará discursos orientados "para a união e de sentido positivo, mais do que elencar obras".

9.6.06

Gratidão


Filipão não é pessoa fácil.
A equipa que formou para a final na Alemanha está, em grande parte, espremida e certas opções são questionáveis.
Nota-se algum nervoso miudínho nas hostes portuguesas que a imprensa amplia também para 'fazer render o peixe'.
Apesar de tudo, não podemos deixar de ser gratos pela imensa alegria que foi a caminhada do Euro 2004 , conscientes que momentos como aqueles podem não repetir-se com facilidade.
Mas não se perde nada em tentar. Força Portugal!

8.6.06

Taxas

Élio Maia quer cumprir mais uma das promessas do programa eleitoral "Juntos Por Aveiro" .
A Câmara decidiu baixar algumas taxas não urbanísticas.
O regulamento em causa foi actualizado no anterior mandato, mexendo numa tabela com mais de 10 anos.
Apesar dos acertos que Alberto Souto fez depois de queixas ouvidas na Assembleia Municipal, permanceram por corrigir alguns aumentos excessivos.
O preço das fotocópias poderá ter sido mesmo uma das muitas causas da derrota socialista em Outubro de 2005.

6.6.06

Promessas e compromissos

promessas e compromissos que os responsáveis (políticos, autárquicos e outros que tais) deviam ter mais cuidado em assumir. Ou, então, ressalvar eventuais complicações.

Actualização a 8 de Junho: Segundo a rádio Terra Nova, a Câmara vai adjudicar na próxima segunda-feira a construção da pista de remo. Resta saber se foram ultrapassadas as indefinições em torno dos apoios. Mesmo assim, coragem política é o que não falta à maioria que leva por diante o compromisso assumido em Cacia.

5.6.06

Salvador Caetano

Salvador Caetano é um dos grandes industriais do País, tendo construído em 60 anos um grupo diversificado que integra uma centena de empresas onde tem maior relevo o sector automóvel.
A fábrica de montagem de veículos comerciais e de transporte colectivo da Salvador Caetano / Toyota em Ovar funciona há 35 anos e é apontada como unidade modelo de cooperação luso-nipónica.
O Primeiro-Ministro não se cansou de o dizer na intervenção que fez segunda-feira à tarde na sessão comemorativa.
Não houve palavras foi para as dificuldades que a poucos quilómetros a Yazaki Saltano (também uma sociedade participada pela Salvador Caetano) enfrenta para continuar em Portugal.
José Sócrates teve de ouvir ainda alguns reparos menos festivos.
Salvador Caetano foi muito claro a acusar os Governos de serem mais sensíveis a certos pedidos de ajuda do que a outros.
O industrial não esquece que por duas vezes viu serem colocados de parte os projectos que tentou vingar e que poderiam ter dado ao país uma Auto-Europa há alguns anos.
O Primeiro-Ministro preferiu ignorar na sua intervenção também os alertas do vice-presidente do grupo sobre alguns factores de perda de competividade do sector.
E deixou sem respostas os jornalistas que o pretendiam questionar.
Muito apressado, o ministro da Economia só teve tempo para um esclarecimento breve em relação às críticas feitas pela Câmara de Ponte de Lima por causa da nova localização que a IKEA pretende para a sua fábrica em Portugal.
Perguntas incómodas ou pedidos de comentários mais pertinentes é coisa que não agrada nada aos nossos governantes que só têm abertura, na maioria das vezes, para anúncios sorridentes.

3.6.06

Miguel Capão Filipe

Miguel Capão Filipe ainda não explicou as razões que o levaram a sair da direcção do Beira-Mar. No entanto, o vereador em permanência da maioria PSD-CDS/PP terá chegado à conclusão que não poderia estar, formalmente, com um pé no clube e outro na Câmara ao mesmo tempo.
Jorge Greno, outro vereador que foi eleito na actual direcção do Beira-Mar, percebeu isso logo no início do mandato autárquico.
São, de facto, lugares dificilmente compatíveis para estar nos dois lados da barricada, tanto mais quando as relações entre clube e autarquia geram sempre muita tensão.
Alberto Souto, ex-presidente da Câmara, chegou a ser durante algum tempo no seu primeiro mandato presidente da Assembleia Geral do Beira-Mar mas apercebeu-se do erro e pediu o seu afastamento.

Nota: O Diário de Aveiro actualizou a 4 de Junho as informações sobre a suspensão de mandato.
(...) A decisão de sair prende-se com o facto do clube ter passado para uma situação mais confortável em termos desportivos, com a subida à primeira liga, e «tem a ver», conforme disse ontem ao Diário de Aveiro, com o cargo de vereador que exerce no Executivo municipal. Conforme disse, há uma «exigência da disponibilidade» pelo facto do clube de Aveiro passar a disputar a primeira liga «versus a exigência da vida autárquica», acrescentou o dirigente do Beira-Mar com mandato suspenso. Para o presidente do clube, a suspensão do mandato é uma boa opção tomada por Capão Filipe (ler mais aqui).

1.6.06

IKEA

Será que a fábrica da IKEA em Portugal vai para quem der mais ou pedir menos ?

Nem mais

Mau jornalismo
Por Luís Costa (Público, 1 de Junho 2006)

"(...) O problema é que a generalidade das redacções (num movimento contrário ao ciclo profissionalizante das mais poderosas fontes de informação) deixou de garantir a preservação do papel essencial do jornalista, porque isso só se consegue com recursos humanos qualificados e em número suficiente, com gente motivada e boas condições de trabalho, com chefias, editores e directores de indiscutível mérito e experiência acumulada, com gente capaz de impor critérios editoriais aos ditames do marketing e das relações públicas, com estruturas intermédias fortes e actuantes, com um sector de agenda atento, determinante e valorizado, com administrações que saibam conciliar o compreensível desejo de lucro com a especificidade de uma área de negócio que não vende um produto qualquer.
De outro modo, com redacções vulnerabilizadas e a serem literalmente invadidas por jovens jornalistas dispostos a trabalhar quase de graça, até Manuel Maria Carrilho corre o risco de vir a ter alguma razão".

H2 Bicycle

A H2 Bicycle saiu do papel, ou melhor, do computador, e até já se pode dar uma volta.
Por enquanto, é apenas um protótipo e não está totalmente apto.
Um esforço de inovação que só terá plena correspondência no caso de surgirem interessados em fabricar os dois modelos propostos.
O problema é que os custos da futura bicicleta movida a hidrogénio não são muito atraentes e a indústria da região ligada ao sector parece não querer aderir.
A equipa responsável acredita, contudo, que o projecto pode ter pernas para pedalar.

29.5.06

S. Bernardo

Élio Maia voltou hoje à Junta de S. Bernardo onde reencontrou muitas caras conhecidas.
Não se pense, contudo, que a amizade profunda que as gentes da freguesia sentem pelo seu antigo presidente os tenha inibido de colocar, abertamente, os seus problemas.
O actual presidente da Junta também não foi meigo ao reclamar que S. Bernardo volte a ter a devida atenção da Câmara, mostrando insatisfação com o anterior mandato de maioria PS.
Os mesmos recados ganharam outra força quando se ouviu na sala a voz do presidente da Assembleia de Freguesia, Carlos Delgado, que é irmão mais velho de Élio Maia.

Investidores

Ao contrário das declarações que a imprensa fez eco, os pretensos investidores que estiveram reunidos há dias na Câmara, afinal, limitaram-se a apresentar "intenções". Nada de concreto. Nem para os transportes, nem para o extenso rol de projectos que terão despertado interesse.
Isso mesmo garantiu hoje o vereador Pedro Ferreira que enquanto prestava declarações esta tarde antes da reunião privada do executivo recebia uma chamada de "um outro" possível investidor.