11.6.10

Dor de cabeça mundial ...

Pior ainda, se a selecção das quinas não tiver antídoto.

Carteira nas mãos de gente boa

Deixei de usar carteira. Perdi-a duas vezes, outras tantas foi-me devolvida por gente boa. Não arrisco mais, esgotei o crédito de sorte.

O fim dos programas de autor

O fenómeno de audiências (original) das rádios locais resultou em grande parte dos programas de autor.
Raros resistem à praga das playlist e de modelos que foram tomando conta das emissoras com os seus responsáveis a fugirem do figurino tipo 'antenas livres', de proximidade, tentados ou obrigados a entrar em formatos mais fáceis de viabilizar.
Os programas de autor, espaços criativos de liberdade, são, habitualmente, os primeiros sacrificados, como se soube no caso da transformação em curso na Aveiro FM.
Perderam-se ao longo dos anos momentos singulares, de eruditos até, que eram o 'sangue' das rádios locais, na maioria dos casos por carolice, e sem o qual as ditas acabam, manifestamente, por não fazer sentido.
A Internet poderá tornar-se a bóia de salvação para alguns destes programas que, pela dedicação e conhecimento dos seus autores, merecem continuar a ter público.

9.6.10

República

Graças ao BE, a encenação histórica do Centenário da República organizada por escolas de Aveiro teve uma visibilidade inesperada.
As vestes que deveriam parecer fardas da Mocidade Portuguesa, motivo de maior celeuma, não foram exibidas no desfile para não ferir susceptibilidades.
Apesar da polémica, ou talvez por causa dela, a aula prática não será esquecida tão depressa pelos actores que tiveram como palco uma avenida mítica da luta anti-fascista.
Foi ali, há 37 anos, que activistas do 3º Congresso da Oposição Democrática reunidos na cidade foram reprimidos à bastonada, a mando de um regime no seu estertor.
Era tarde e não valeu de nada. O caminho para a Liberdade estava aberto.