31.12.05

Finanças camarárias

A coligação PSD-CDS/PP quer resolver os problemas financeiros com empréstimos e venda de terrenos. Uma resposta típica nestes casos de maior aperto. É fácil e dá milhões.
Alberto Souto quando era presidente da Câmara preferiu outras operações bancárias mais arrojadas que agora são os próprios socialistas a não recomendar. E assim vamos entrar em 2006. Bom ano a todos!

29.12.05

Empresas municipais

À excepção de uns quantos balancetes, a comunicação do presidente da Câmara pouco ou nada adianta sobre a actividade das empresas municipais e outras participadas que passam, assim, à margem da Assembleia Municipal.
Fica-se sem saber o que andam a fazer, exactamente, a MoveAveiro, a Teatro Aveirense, a Parque Desportivo de Aveiro, a Estádio Municipal de Aveiro e a AveiroExpo.
Estes tentáculos empresariais de que as autarquias tanto gostam de se socorrerem acabam por actuar sem a desejada fiscalização dos deputados municipais.

Contencioso

O contencioso da Câmara de Aveiro teve nos últimos mandatos muito trabalho. Em grande medida, devido a fornecedores que se cansaram de esperar os respectivos pagamentos e avançaram para penhoras.
Outros processos decorrem da quebra de contratos-promessa. O caso da Vitasal é apenas um entre vários que podem sair caro ao município, como já advertiu Élio Maia.
Basta consultar a última comunicação do presidente da Câmara entre as páginas 7 e 24.
Francamente, não tenho ideia do que se passará noutros municípios mas esta herança da maioria PS não é prestigiante para o concelho.
É surpreendente como foi possível chegar a este ponto.

28.12.05

O ouro da Ria de Aveiro


Os bivalves são o ouro da Ria de Aveiro.
A apanha destes moluscos já representa quase metade das vendas na Docapesca, em Ílhavo. O que é declarado rende cerca de 2,6 milhões de euros. Nada mau para a estranhamente chamada "pequena pesca". A economia local ainda poderia beneficiar mais desta actividade, se fosse levada a sério pelas entidades responsáveis.
Oficialmente, serão 800 embarcações. Muitas mais pescam à margem da lei. A Ria de Aveiro está, de resto, a saque e vale a lei da selva.
A fiscalização não aperta os pescadores ilegais que, mesmo em época de interdição, continuam em actividade.
É verdade que muitos dos que se ouvem a denunciar também não perdem uma oportunidade de mergulhar à sucapa.
Há famílias, muitas vezes numerosas, à espera de sustento e as alternativas de subsistência escasseiam.
Os desabafos dos pescadores que estiveram reunidos esta manhã na Torreira reflectiram bem as dificuldades que enfrentam.
A pesca artesanal é uma actividade muito regulamentada, com múltiplas artes, dependente na ria de Aveiro dos pareceres e autorizações de quase vinte entidades.
Assim não é fácil.
Os recursos piscícolas são determinantes, e haverá sinais de escassez, mas o que os pescadores já não podem dispensar actualmente é de bons advogados e até de fiscalistas, tão complexa se tornou a actividade.

Nota: Mais fotos de Armando Sousa aqui.

27.12.05

Élio quebra o silêncio

O presidente da Câmara de Aveiro tinha anunciado que só falava aos jornalistas no próximo ano mas, afinal, aceitou responder a algumas questões antes de 2006. Aconteceu no final da primeira reunião da sessão ordinária de Dezembro.
Pelo que se lê, o PS começa agora a ter algumas explicações a dar ao negro quadro pintado pela coligação.
No entanto, Raul Martins esteve bem a salvar a honra da antiga maioria quando, numa jogada de antecipação política, desafiou a actual presidência a pedir uma auditoria à Câmara. Afinal, os números nem andam muito longe do que Alberto Souto chegara a admitir.
O vogal socialista também não deixou passar em claro as faltas de Élio Maia a reuniões importantes da vereação.
Na resposta, o presidente reafirmou que as ausências deveram-se a outros compromissos de agenda, sem, contudo, particularizar quais exactamente.
Das bancadas do PSD e CDS ouviram-se críticas à "debandada" de elementos que fizeram parte da lista do PS para a Câmara que, com dois meses de mandato, já entrou nos suplentes.
Acho que ficam quites, para já.

23.12.05

Natal

Depois de toda a azáfama natalícia em que nos envolvemos quase sem querer, o que fica ?
Amizade no seu estado mais puro.
Uma ou outra prenda que nos faz sorrir.
Três gerações em algazarra familiar.
Instantâneos felizes.
É esse o espírito.
Bom Natal!

22.12.05

Euro 2004

O Euro 2004 de futebol foi das maiores explosões de alegria deste cantinho à beira mar plantado.
Só é pena ter saído bem mais caro do que era previsto, como apurou o Tribunal de Contas.
E já agora, se procurar bem entre os muitos milhões pode descobrir quanto custou o bloqueio ao estádio de Aveiro.

20.12.05

As faltas de Élio Maia

Além de inéditas, as faltas de Élio Maia começam a ser estranhas ! Não terá defesa possível, a não ser uma agenda de assuntos imperiosos em catadupa que seria aconselhável, do ponto de vista político, divulgar quanto antes.
O PS criticou hoje a ausência do presidente da Câmara na reunião semanal privada realizada na segunda-feira passada. Élio Maia já tinha faltado na sessão extraordinária de 14 de Dezembro, quando foi aprovado o plano e orçamento para 2006. Consideraram ainda “grave” que o presidente da autarquia não tenha estado presente na recente tomada de posse da reitora da Universidade de Aveiro, Helena Nazaré.

Rota da Luz

Pelo desfecho eleitoral na Rota da Luz, o PS e o CDS de Aveiro repetiram o entendimento informal que já garantira as sucessivas reeleições de Encarnação Dias.
O ex-presidente, próximo do CDS, teve na sua equipa sempre pessoas afectas ao PS (Marques Neno e Amélia Brito).
Agora a história repetiu-se com nuances. Pedro Silva, eventualmente com a benção do presidente cessante, conseguiu envolver na sua lista figuras ligadas ao CDS, caso do ex-vereador Vitor Silva, reformado da Direcção Geral de Viação e empresário com interesses vários. E somou mais votos.
Pedro Silva, tudo indica, vai concentrar-se nas novas funções e deixar vago o lugar no executivo onde a lista do PS já chega aos suplentes depois de tantas saídas e abandonos.
Não se trata de uma disputa claramente partidária, mas de qualquer modo o PSD saiu a perder tanto mais que não terá havido diálogo suficiente entre candidatos daquela área política para chegar à presidência. Fica a sensação que o teriam conseguido com algumas pontes de entendimento.
Ribau Esteves é um dos que estará atento à gestão da Rota da Luz pelo que já disse e repetiu depois na reunião de Câmara em Ílhavo de forma mais concreta, ao pôr em causa os salários pagos na comissão executiva.

19.12.05

Patrão e provedor

Surrealista, no mínimo, esta acumulação de funções!
"O Grupo AENOR criou recentemente a figura do Provedor do Cliente, cargo esse que será assumido pelo Presidente do Conselho de Administração, Luís Parreirão. A instituição desta figura tem como objectivo gerar uma verdadeira interacção com os clientes, oferecendo-lhes um serviço de alta qualidade e eficácia.
O grupo AENOR é o segundo maior concessionário rodoviário nacional e tem como objectivo liderar o mercado pela eficiência do seu desempenho e pela qualidade e satisfação do serviço prestado aos seus clientes".

GAMA e AMRIA

A Junta Metropolitana de Aveiro já pondera alternativas ao nado-morto que é a Grande Área Metropolitana de Aveiro (GAMA). Não valerá arrastar muito um modelo renegado pelo Governo PS. Não se compreende, de resto, que os socialistas demorem tanto a resolver este imbróglio.
O futuro da Associação dos Municípios da Ria está dependente do avanço ou recuo da GAMA. O autarca social democrata Ribau Esteves foi hoje reeeleito para a presidência dos dois organismos intermunicipais.
A Câmara de Aveiro, que fazia parte do anterior conselho de administração, passa a presidir à mesa da Assembleia Intermunicipal.
À primeira vista, considero que será uma despromoção para o concelho / cidade / capital de distrito.
E vai contra tantas declarações ouvidas de elementos da coligação PSD-CDS/PP que gere a Câmara, com particular evidência do vereador Miguel Capáo Filipe, que defendem sempre uma cidade líder regional.

16.12.05

Élio reaparece mas não fala

O presidente da Câmara de Aveiro foi dar um abraço a Cavaco Silva na inauguração da sede de campanha. Depois de muitos outros cumprimentos, recusou falar aos jornalistas. O silêncio é para durar até à próxima Assembleia Municipal.
É este o novo estilo presidencial que troca reuniões importantes da Câmara (a do pedido de empréstimo e a do plano e orçamento) por outros afazeres municipais ou que remete para os seus vereadores grande parte da intervenção pública. Definitivamente, as coisas mudaram. Para o bem ou para o mal se verá mais tarde.

15.12.05

Cavaco Silva

Cavaco Silva já não é um político profissional, de facto. Tornou-se uma máquina política.
Com andar robotizado e sorriso triunfal. Distribui beijos e abraços. Acena.
Na inauguração da sede de campanha na cidade de Aveiro, onde esteve numa fugaz aparição, encontrou uma pequena multidão (algum povo anónimo e muitos cavaquistas). E voltou a ensaiar o discurso da vitimização já ouvido durante a tarde em Santa Maria da Feira. Será que resulta ?

Vigo

A Associação de Desenvolvimento Regional do Entre Douro e Vouga levou esta semana os formandos do curso de dinamizadores de zonas industriais a conhecer o consórcio da zona franca de Vigo. Dois dias não terão chegado para ver tudo mas deve ter sido o suficiente para perceber o avanço que o mais importante pólo industrial galego leva em relação ao que se faz do lado de cá da fronteira.

Plano e orçamento

O presidente da Câmara de Aveiro não aprovou o plano e orçamento para 2006, por ter estado ausente da reunião em que os documentos foram analisados. A não ser que tenham sido motivos pessoais a impedir a sua presença, a falta pode ter um significado político: Élio Maia quis desvalorizar uma herança socialista que foi obrigado a assumir agora também como sua.
Mas no comunicado que escreveu para dar conta das linhas (muito gerais) do plano e orçamento teve, naturalmente, de reconhecer que o próximo ano será de continuidade. Conforme, de resto, já avisara.
Quanto aos números conhecidos causam alguma estranheza, pelo que tinha sido anteriormente por responsáveis autárquicos.
A discussão na Assembleia Municipal promete!
Actualização posterior: Ouvi o vereador do PS Marques Pereira justificar o voto contra. Se diz que o plano e orçamento é de continuidade, só poderia ter deixado passar os documentos. Afinal, está em causa o rumo traçado pelos socialistas. Não é assim ?

14.12.05

Crise

Muita gente pergunta "afinal onde está a crise ?" quando lê notícias de pacotes de férias esgotadas para o estrangeiro, das vendas recorde de carros de alta cilindrada ou assiste às invasões dos centros comerciais para compras de Natal.
"A crise", respondo eu, pode ser encontrada à porta do centro de emprego de Aveiro, por exemplo. Ela anda por lá, acompanha quem entra e sai. Não discrimina ninguém. Vêem-se muitos jovens, alguns com habilitações a mais para as oportunidades que encontram. Há desempregados (as) com as idades perigosas "dos quarentas e cinquentas" enfrentando uma sociedade que lhes parece querer vedar a existência.
Os semblantes mais tristes são de quem vai "meter os papéis" para o subsídio de desemprego.
As conversas andam à volta de empresas que fecharam, patrões que deixaram de pagar, rendas de casa em atraso, filhos para criar.
De panfletos nas mão, que alguns nem conseguem perceber bem o que dizem, tentam encontrar a saída do labirinto em que a vida se tornou.

13.12.05

Rota da Luz


A Região de Turismo Rota da Luz despertou o interesse a muita gente nos últimos tempos. Apareceu no roteiro político-partidário com a realização de eleições para a presidência da nova comissão executiva, de onde vai sair, após mais de uma década, Francisco Encarnação Dias.
Afinal o que motiva tantas possíveis candidaturas (3 ou 4 pelo que se lê) ?
O actual figurino das regiões de turismo e a forma como são financiadas não lhes dá margem para grandes iniciativas, a não ser manter postos de atendimento, lançar algum material promocional e subsidiar uma ou outra actividade.
A promoção turística que faz da região é, de resto, escassa. Nas últimas eleições autárquicas, o ex-presidente da Câmara de Aveiro, Alberto Souto, deu conta dessa insatisfação.
O futuro das regiões de turismo surge sempre indefinido em notícias que vão circulando na tutela (Ministério da Economia).
O envolvimento da comunidade empresarial da região ligada ao sector também não se tem notado por aí além.
O voluntarismo do novo presidente poderá não ser suficiente para relançar a Rota da Luz.
Espera-se, no entanto, que o lugar não seja usado apenas para fazer turismo...

Beira-Mar

A actual direcção do Beira-Mar jogou à defesa na Assembleia Geral que apresentou as contas da época anterior.
Se desportivamente o último ano de Mano Nunes & companhia foi desastroso e com inúmeros episódios inacreditavelmente rocambulescos, no plano financeiro a palavra prejuízo volta a não constar do relatório.
O elenco agora em funções acabou por não atacar a herança e até subscreveu o exercício contabilístico (em que o presidente Artur Filipe diz não acreditar) para não espicaçar possíveis adversários e agitar as hostes. É uma espécie de empate que serve a todos.
Diz a direcção que o clube precisa de tranquilidade. Pode ser que ajude a equipa de futebol a não perder o caminho da felicidade que tem encontrado em campo e liderar a classificação, apesar de ainda não convencer totalmente quem está de fora.
Artur Filipe não precisava era de sair mal da Assembleia Geral que marcou o seu reencontro com os associados após as eleições.
Que diria o presidente e os seus correligionários se Mano Nunes tivesse convocado no passado uma reunião que fosse desprovida de um ponto para discussão dos habituais "outros assuntos para o interesse do clube" ?
É certo que a agenda era apenas relativa às contas mas Artur Filipe se tivesse recuado para ouvir os sócios em questão teria ganho o prémio fair-play e não veria escusadamente um cartão amarelo.

11.12.05

Cimeira e falhas de protocolo

A Câmara de Aveiro marcou pontos ao organizar uma cimeira sobre os projectos TGV e Ota . A defesa dos interesses da região imponha uma iniciativa destas que ganha visibilidade por acontecer na véspera do Governo anunciar mais algumas decisões sobre o projecto. O presidente Élio Maia fez um bom discurso de abertura. Já não esteve tão bem no desempenho protocolar. O edil saiu da mesa de honra onde estavam os alcaides de Ciudad Rodrigo e Salamanca (que vieram a Aveiro prestar solidariedade e juntar as suas vozes em defesa à ligação pelo eixo do IP5). Élio Maia ouviu os convidados espanhóis de pé e pouco depois acabou mesmo por ser substituído pelo vereador Miguel Capão Filipe, até então uma espécie de mestre de cerimónias na condução das intervenções. A maioria errou também ao não endereçar convites ao Governo (nem sequer o Governador Civil foi convidado) e aos deputados municipais (pelo que foi noticiado).
Os vereadores da oposição, pelo menos da parte da manhã, também não se viram por lá.

Alegre

Manuel Alegre, que passou o sábado na região de Aveiro, tem melhores condições para ser o candidato da esquerda nas presidenciais, se Cavaco não for eleito à primeira volta. Esta é a opinião dos jornalistas da imprensa nacional que estão a acompanhar o poeta na pre-campanha. Outra indicação que me foi dada durante o almoço de Alegre em Aveiro é que o ex-primeiro-ministro terá muitas dificuldades em ganhar à primeira com a esquerda dividida. Aqui já não terei tanta certeza.
Manuel Alegre foi a Águeda e Aveiro juntando na capital do distrito ao almoço uma centena de apoiantes mas muito longe do que, por exemplo, Jerónimo de Sousa conseguiu. Viram-se muitas pessoas que são do PS e também alguns activistas de sindicatos normalmente afectos ao PC.

10.12.05

Talentos e artes

Eu não sei trautear uma canção até fim,
tocar uma nota que seja de um qualquer instrumento,
encaixar palavras em versos que façam sentido,
fotagrafar para além do óbvio,
cozinhar algo que outros possam achar comestível,
desenhar para além dos rabiscos que ficaram da infância,
dar dois passos de dança certos,
pintar sem borratar,
esculpir o mais simples objecto,
contar histórias,
ou sequer declamar,
mas se fosse talentoso nunca iria desistir de o querer mostrar,
para partilhar com outros que não sendo possam sentir as artes.

8.12.05

Ainda a derrota de Alberto Souto

Por muito fair-play político que Alberto Souto tente evidenciar, aceitando democraticamente a derrota eleitoral, sente-se que o ex-autarca não digeriu totalmente o fracasso da recandidatura ao terceiro mandato e terá ainda contas por ajustar.
Depois de uma homenagem que lhe foi feita num registo sóbrio mas significativo adiantou algumas das razões que terão contribuido para o desfecho inesperado das eleições de 9 de Outubro passado.
O ex-presidente apontou, entre outros motivos possíveis, "erros nossos" (do próprio ? Da Câmara então em funções ? Do PS local ?) que não explicitou. Não querendo relativizar os factores externos, as falhas próprias terão sido mais determinantes para a penalização sofrida.
Como o antigo presidente da Câmara Girão Pereira tantas vezes gosta de dizer, "é preciso dar muito carinho às pessoas". Élio Maia usou aquele ensinamento durante vários mandatos em S. Bernardo e depois na campanha. Hoje é ele que lidera o município.
Souto foi capaz de gerar essa empatia aquando da primeira candidatura. Aveiro ganhou uma dinâmica nova. Mas o executivo socialista do último mandato esqueceu-se para quem governava. E na hora de votar, foram os eleitores que não se lembraram de quem os governava. A (muita) obra feita não valeu para garantir a reeleição. Pelo contrário, nalguns casos só atrapalhou.

Tributo a Alberto Souto

Uma homenagem ao homem e à obra. Acho que é merecida.

7.12.05

Blogues e partidos

O PSD de Águeda teve um bom começo na oposição camarária.
Por cá, esperava-se mais dos eleitos do PS do que ordens de trabalho de reuniões de Câmara.
E não se entende o que leva Élio Maia a dar o nome a isto. Se o novo presidente não tem tempo para escrever é melhor não o deixar por conta de terceiros que, ainda por cima, apenas fazem uma revista de imprensa de notícias e só às referências mais favoráveis.

6.12.05

OTA & TGV

Ainda não há programa definitivo mas já se sabe que a cimeira “TGV: A Nova Rede de Alta Velocidade Aveiro – Salamanca, o novo Aeroporto da OTA e os seus interesses estratégicos de Portugal” contará com algumas das vozes que mais contestam as opções do Governo PS naquelas matérias.
A Câmara de Aveiro resolveu dar mais alguma chama a este lobbie.
Só é pena, e estranho, que não esteja ninguém do elenco governamental (nem o Governador Civil ?!) para responder às críticas.
A dois dias do Governo apresentar o programa do TGV, a cimeira teria um protagonismo ainda maior.

Empréstimos e factoring

Esta notícia por um lado prova que a Câmara de Aveiro ainda tem capacidade de endividamento e, por outro, avaliza como boa a estratégia de Alberto Souto para aliviar o passivo. "Tantas críticas e agora seguem o mesmo caminho", deve ter pensado o ex-autarca.

5.12.05

Soares surpreendente

Soares é a surpresa da campanha presidencial.
Surpreendeu ao anunciar a candidatura. Surpreende pela energia dos seus 80 (quase 81) anos.
"Cavaco é que está com ar envelhecido", comentava um jovem apoiante socialista hoje durante a jornada de Aveiro.
Soares fez campanha na cidade durante nove horas e saiu com o mesmo ar com que chegou.
O programa correu bem, com uma mãozinha de fiéis socialistas da Universidade.
A parte mais política foi, ao fim da tarde, na inauguração da sede de campanha da cidade onde o PS marcou presença em força.
Notas para o regresso à ribalta de José Mota. O autarca de Espinho é director distrital da campanha e pode estar a espreitar novamente voltar à liderança da Federação do PS após a demissão de Alberto Souto. O ex-autarca veio a Aveiro para cumprimentar Soares à hora do almoço mas não acompanhou o resto do programa.

Roupa suja


Pelo que se lê e ouve, a mudança de maioria na Câmara de Aveiro está a servir para lavar muita roupa suja.
Nenhuma surpresa. Afinal, é a tarefa a que os políticos, habitualmente, mais se gostam de dedicar nos primeiros momentos de alternância de poder.

4.12.05

Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa não precisou de despir a ortodoxia para dar uma alma nova ao PCP. Isso nota-se dentro e fora do partido.
O secretário-geral soube criar empatia, mas impõe-se pelo seu carisma. Um mix indispensável no marketing político.
Ao olhar para o salão dos bombeiros Novos de Aveiro repleto de apoiantes (notou-se, naturalmente, a mobilização do PCP e dos sindicatos afectos), o candidato presidencial mostrou-se surpreendido. Nada parecido com o que aconteceu há dez anos, aquando da sua primeira candidatura, comparou.
Os apoiantes garantem que Jerónimo de Sousa vai "até ao fim" e assim contribuir para a "derrota da direita". E nem querem discutir mais a hipótese de desistência sem ir a votos. O risco é grande mas candidato e partido parecem determinados em chegar à segunda volta.

2.12.05

Telhados de vidro

A coligação PSD - CDS/PP que lidera a Câmara de Aveiro até pode ter as suas razões para colocar em causa o processo que levou Miguel Lemos a ser designado director-geral da PDA. Os telhados de vidro é que são uma chatice.

1.12.05

Os erros de Souto

O ex-presidente da Câmara, Alberto Souto, errou ao legitimar a contratação de Miguel Lemos para a PDA nos termos que têm sido noticiados. Mais não fosse porque, à semelhança do que fez com Paulo Ribeiro no Teatro Aveirense, nunca poderia assumir compromissos desta natureza na véspera das eleições. Mesmo que certo da reeleição, deveria ter sido mais ponderado.
Assim deixou cair sobre a sua presidência mais uma mancha que vai demorar tempo a limpar. E a homenagem do dia 8 de Dezembro, certamente, não será suficiente para reabilitar a imagem do antigo autarca junto dos aveirenses.

30.11.05

PDA

A notícia veio na imprensa local e logo serviu de rastilho aos mais diversos comentários. Por isso, é impossível não acompanhar algumas discussões nos blogues, um campo mais propício para comentários e opinião quase em tempo real.

Nolasco desafinou

Afinal, as razões financeiras que foram invocadas pela Câmara de Aveiro para dispensar Paulo Ribeiro e o seu adjunto do Teatro Aveirense perderam força e os mesmo responsáveis agora já não querem abordar publicamente assuntos de salários e afins.
Maria da Luz Nolasco, a directora-geral, mostrou-se até indignada ("não estamos a saldo, até podemos ser mais caros") com as questões sobre aquele assunto colocadas numa conferência de imprensa esta quarta-feira que não lhe correu muito bem.
A dado momento, não resistiu em substituir-se à imprensa escrita e falada para colocar questões a uma futura colaboradora que os jornalistas não estavam, na altura, especialmente interessados em ouvir.
De duvidoso gosto foi também afirmar "somos de Aveiro e isso já define um perfil" como uma especial mais valia da nova equipa.
Surpreendeu-me ainda que uma pessoa que estou habituado a ver desde os tempos de vereadora do CDS e depois no museu de Aveiro sempre com trato simpático e disponível, se tenha insurgido, em tons inapropriados, censurando directamente um jornalista que pedira esclarecimentos sobre o facto de Rui Sérgio não vir em exclusividade para a direcção artística, ao dizer que era "uma pergunta de quem não sabe". Ora se não sabia, só fez bem em perguntar.

Agenda

Estive de volta da minha velhinha agenda de contactos de trabalho. Seguro de vida para qualquer jornalista.
Já a perdi e reencontrei.
As folhas amareleceram. Rasgaram-se. Algumas desapareceram inesplicavelmente no meio do bulício. Mas tem aguentado estoicamente ao passar do tempo.
Tornou-se menos útil. É difícil encontrar os telefones quando mais precisamos deles.
Há nomes e números fora da ordem alfabética.
Gente que foi notícia e, entretanto, deixou de ser.
De quem perdi o rasto e o rosto.
Por vezes, faz-me recordar nomes apagados da memória.
Encontro referências a pessoas que já faleceram e, respeitosamente, nunca risquei da lista.
Há números fixos antes dos 034 e telemóveis 0676.
Mas também já aparece, sinal dos tempos, um ou outro e-mail.
O que tem valido mais algum tempo de serviço à velhinha agenda é a perguiça de passar número a número para um qualquer gadget electrónico. Aproxima-se a hora de agendar esta tarefa.

Bairrada


A revista Beberes dedicou o seu número de Novembro à região demarcada da Bairrada. Tão perto e ainda tão desconhecida.
O produtor de vinho Mário Sérgio Alves é um dos rostos da nova geração que abraçou o mundo do vinho a partir da Quinta das Bageiras.
Um roteiro dos melhores sabores da Bairrada que não merece o esquecimento a que tem sido votada.

28.11.05

O apagamento de Élio Maia e a gaffe de Capão Filipe

Élio Maia trouxe um novo estilo à presidência da Câmara de Aveiro. A sua disponibilidade para ouvir quem lhe queira falar tem valido muitos pontos neste início difícil de mandato.
Uma das outras novidades é que o autarca da coligação PSD-CDS/PP leva a sério a delegação de competências. Nas reuniões de Câmara, por exemplo, são os vereadores que apresentam as propostas e dão esclarecimentos sobre os seus pelouros.
Na sessão pública de hoje à tarde praticamente não se ouviu o presidente.
Isso nunca acontecia com Alberto Souto, que, geralmente, conduzia os trabalhos apresentando os assuntos e respondia, em primeiro, sobre tudo a todos.
Não aconteceria também como sucedeu esta segunda-feira ser um vereador (no caso Miguel Capão Filipe), a apresentar uma proposta da primeira iniciativa camarária de grande importância política que vai ser discutir em Dezembro numa "cimeira"regional as opções do Governo no que toca a temas relevantes como são o TGV / aeroporto da OTA.
Ou deixar sem resposta as críticas do PS à contratação de um director artístico a part-time para o Teatro Aveirense.
Este apagamento do presidente tem poucas excepções e em temas de menor relevância.
Quanto aos vereadores, o voluntarismo de Miguel Capão Filipe levou-o hoje a cometer uma gaffe ao responder a um pedido de esclarecimento do PS sobre onde andam os táxis máritmos quando o assunto está sob alçada da MoveAveiro, empresa municipal presidida pelo vereador Pedro Ferreira. Este, sem esconder algum desconforto, acabaria por dar mais algumas informações adicionais. Capão Filipe, para disfarçar, ainda rematou o assunto como se não tivesse acontecido nada. Foi pior a emenda. Esta confusão também pode ser justificada, é certo, por Capão Filipe ter o pelouro da mobilidade. O que torna evidente alguma incoerência na distribuição de funções.

25.11.05

Danças Ocultas

Esta noite, no Aveirense, uma noite especial para ouvir mais tarde. Será a primeira vez que vou participar num disco ao vivo !

Parvoíces


É uma autêntica febre. A publicidade aguçou o apetite e não foi preciso mais. Também não quis ser parvo e fui lá esta sexta-feira entre dois trabalhos. Logo no primeiro dia, quinta-feira passada, o Media Markt de Aveiro tinha gente à porta, apressou-se a comentar um funcionário vendo-me com ar incrédulo. A meio da tarde, o enorme armazém estava cheio de gente de olho em bico nas televisões, máquina de lavar e portáteis a monte. Corre o boato que os preços são imbatíveis e que vão rebentar com o mercado, mas ainda não deu para confirmar.
Comprei o CD "The Outernational Sound" dos Thievery Corporation por 14 euros e uns cêntimos (para matar o vício...), trouxe panfletos dos produtos do dia e fugi da confusão.
Nem de propósito, à saída do centro comercial Carrefour uma carrinha com promoção da Rádio Popular bloqueou-me o carro como se fosse a retaliar ter sido tentado pela nova concorrência e obrigou-me a ler e ouvir "Caro é só para quem quer !". Anda tudo doido.

24.11.05

Empreendedorismo

“FoodMetric” soma e segue. Parabéns!

Candidaturas e sondagens

A propósito de um comentário anterior, em que colocava reservas às hipóteses da Esquerda impedir a vitória de Cavaco Silva logo à primeira volta nas presidenciais, devido à apresentação de várias candidaturas, um comunista local com responsabilidades no partido garantiu-me que é, justamente, a única forma de segurar eleitorado que, eventualmente, não votaria.
Continuo a achar que as divisões à Esquerda são uma preciosa ajuda para o antigo Primeiro-Ministro chegar a Belém já a 22 de Janeiro.
E, volto a dizer, até haverá quem à esquerda não se importe muito com isso, por razões de calculismo político, partidário e governamental.
Entretanto, hoje foi dia de sondagens na imprensa escrita e falada. Fiquei baralhado com o que li e ouvi. Por isso, pode explicar-me melhor, como se fosse muito burro!.

Músicos (as) dos "Sons em Trânsito"

Crónicas da Terra coloca músicos (as) do festival "Sons em Trânsito" em podcast.

Trabalho valioso

Os "maluquinhos" que passam a vida de olhos postos nos pássaros merecem de todos nós mais respeito. Trabalho paciente de observação ao longo de muitos anos é hoje muito valioso quando enfrentamos ameaças como a gripe das aves.

23.11.05

Rádio fora do FM (III)

Coimbra tem mais encanto. As ondas da RUC chegam-nos à boleia da net. Ouve-se por lá a imperdível Íntima Fracção e, da nova vaga, o Vidro Azul.

Links de blogues

Tenho verificado a existência de blogues que colocam link aqui para o Já Agora.
Gostaria de retribuir. Por uma questão de organização, faço-o através do directório Aveiro na Web, que tem uma secção para blogues regionais. Portanto, quem pretender ser indexado a esta comunidade aveirense virtual é favor comunicar. Obrigado!.

22.11.05

'Lei da rolha'

A nova Câmara anda a deixar a imprensa escrita e falada com os 'nervos em franja' por causa da 'lei da rolha'.
Presidente e vereadores, para já, só comunicam institucionalmente. Isto é, por comunicado com versões e fotos oficiais.
Ou então, com esclarecimentos, sem direito a perguntas, nas reuniões públicas.
Na Assembleia Municipal de segunda-feira, o presidente, Élio Maia, saiu a meio para outros afazeres e recambiou os jornalistas para Miguel Capão Filipe que por sua vez indicou Jorge Greno que a custo disse muito pouco.
O presidente já confessou que pretende algum tempo de tranquilidade mediática que diz ser necessário para 'arrumar a casa'. Ficamos à espera.

Aterro sem resíduos industriais banais

O aterro sanitário de Aveiro já não está a receber resíduos industriais banais.
Resta saber se esta medida vai dar à estrutura, que deveria ser selada definitivamente até 2007, mais algum tempo de vida útil.

Deputados nas empresas municipais

Dois deputados municipais de Aveiro pediram a suspensão de mandato para exercer funções em empresas municipais. Candidataram-se na lista da coligação mas decidiram aceitar os convites para outros cargos.
João Pedro Dias, do CDS, foi nomeado para a empresa do Estádio Municipal, onde é vogal da administração.
E Gilberto Ferreira, do PSD, está em funções na Parque Desportivo de Aveiro.
Se o social democrata optou por suspender o mandato por meio ano, João Pedro Dias decidiu apenas pedir 30 dias de suspensão das funções no parlamento aveirense.
Deixam, assim, aberta a porta para regressar, aproveitando essa possibilidade legal. João Pedro Dias parece menos certo do que o espera na EMA, por apenas solicitar um mês de suspensão de mandato.
Paula Barros, do Bloco de Esquerda, que não tinha a confiança do partido para exercer o cargo, também pediu a suspensão do mandato, mas por 60 dias, dando lugar a Arsélio Martins.

21.11.05

Presidenciais

O PS, o Bloco e o PCP querem mesmo que Cavaco Silva não seja o próximo Presidente da República ? Tenho sérias dúvidas.
Francisco Louça, em Águeda, ontem à noite, lançou a primeira escada a outros sectores à esquerda.
Disse que terá “satisfação em colaborar”, sentindo existir “uma fraternidade grande” que “apesar das diferenças” quer assumir “o grande combate pela modernização do País, por criar alternativas à ideia a que tudo tem de ser igual”. Será um primeiro sinal de entendimento ? Temos de esperar pelos próximos episódios da campanha. Depois dos debates nas televisões, talvez.

20.11.05

Reserva Natural de S. Jacinto


A Reserva Natural de S. Jacinto é um paraíso para a avifauna, com relevo para as aves aquáticas migradoras.
Apesar do esforço dos técnicos do Instituto de Conservação da Natureza e de muitos outros que por ali fazem importante trabalho de campo, não é possível esconder o desinvestimento na manutenção daquele valioso património natural.
Requisitar um simples tractor para limpeza da mata pode revelar-se uma tarefa complicada. E se são urgentes trabalhos de desbaste num pinhal centenário ameaçado pelas acácias e outros males.
O grande incêndio que há alguns anos destruiu parte da reserva deixou marcas ainda hoje visíveis, já que não foi feita nova plantação como deveria.
Dizem-nos que estas pequenas grandes carências poderiam ser resolvidas mais facilmente se houvesse maior pressão das forças vivas da região (autarquias, ambientalistas, etc.) em defesa da sua reserva natural. De que esperam afinal ?

18.11.05

Pedro Silva

Com a vereadora Lusitana Fonseca ocupada pelos afazeres do Aveiro Digital, onde a maioria de direita a manteve, o PS vê Pedro Silva assumir-se como o principal rosto da oposição na Câmara.
"Ele é uma máquina", comentava outro vereador socialista, Marques Pereira, que ocupou o lugar de Eduardo Feio.
Pedro Silva tem sido uma espécie de ponto do PS a marcar o ritmo dos primeiros passos da coligação.
Agora surge também na blogosfera para ajudar a fazer Melhor Aveiro com as suas opiniões. Curioso que tenha também a iniciativa de antecipar a agenda das reuniões de Câmara (pelo menos fê-lo em relação à da próxima segunda-feira). Acho que isso é inédito. E não sei se agradará à maioria actual.
Da próxima sessão privada surge o período da ordem do dia, mas foi anunciado que será também aprovado o nome de Maria da Luz Nolasco (apontado na imprensa escrita e falada) para directora do Teatro Aveirense.
É interessante ainda que, e já não é a primeira vez este mandato, se submetam propostas de subsídios já consideráveis para o movimento associativo de uma forma isolada (10 mil euros para os festejos do S. Gonçalinho e 20 mil euros para a Associação Musical de S. Bernardo).
O programa da coligação é muito claro ao defender a atribuição de apoios "no âmbito de contratos-programa com base na responsabilização mútua e nos planos de actividades". Os casos referidos estarão nestas condições ? Ou serão as primeiras excepções à regra que serviu de bandeira eleitoral ?

Rádio fora do FM (II)

Sunshine Reggae aqui , para quando escapar na antena.

Grande e pequeno comércio

Está aí mais uma vaga de médias / grandes superfícies comerciais e afins que vão abrir nos próximos tempos, um pouco por toda a região (S. João da Madeira, Estarreja, Albergaria, Águeda, Feira, Aveiro).
Para os consumidores, não será mau. Os preços tendem a baixar com a concorrência. Pelo menos dá essa impressão.
Do lado do comércio dito tradicional, ouvem-se os habituais queixumes.
As pequenas lojas têm dificuldade em responder às ofensivas dos Pingo Doces, Mini-Preços, Jumbos e Feiras Novas.
Mas há excepções. Em Aveiro, por exemplo. E, pelo que conheço, nem terão sido dos que receberam dinheiros dos projectos de urbanismo comercial que iam transformar o centro da cidade num "centro comercial ao ar livre".
No mini-mercado onde habitualmente passo há sempre clientes. Está aberto até um pouco mais tarde, tem ovos caseiros (até se nota que vieram da capoeira...), pataniscas de bacalhau e papos secos (dos verdadeiros). E simpatia da parte de quem atende.
Noutro caso, sei que o dono da pequena loja prontifica-se a levar a casa dos clientes habituais as compras que lhe pedem por telefone ou num recado. A montra que modifica quase semanalmente com um esmero nada comum diz tudo.

17.11.05

ELLAS

As canções, ELLAS próprias e uma sala a cheirar a novo. Bons motivos para ir a Estarreja.

A lição de Artur Santos Silva

Artur Santos Silva, o senhor BPI, agora mais despreendido da gestão executiva, esteve esta quarta-feira em Aveiro, a convite da Associação Académica da UA, para falar de emprego e ensino superior.
O banqueiro nortenho, que tem tido uma participação cívica activa, deixou a sua visão do que deveria mudar no ensino superior. Disse que é necessário torná-lo mais favorável ao empreendedorismo. Lembrou o caso da Irlanda, onde o crescimento económico ficou muito a dever a gente que saiu das universidades para criar empresas.
A lição de Artur Santos Silva - que é a par de Belmiro de Azevedo (o Homem Sonae) uma das figuras que marcaram o desenvolvimento do País no pós-25 de Abril - terminou com alguns conselhos práticos aos estudantes.
Uma atitude que não recomendou de todo é a arrogância “ao estilo de José Mourinho”, apesar do seu banco ter, justamente, o mais conhecido treinador português como um dos rostos do momento. Viram-se sorrisos na sala.

16.11.05

"4 Luas"

Reencontrei quase por acaso o "4 Luas" na Aveiro FM (96.5).
João Carlos Silva continua na mesma: excelente !
Passa às quartas-feiras, entre as 22:00 e as 00:00.
Um oásis radiofónico.

Paulo Ribeiro

A nova Câmara afastou Paulo Ribeiro da direcção do Teatro Aveirense. Era de esperar.
Alberto Souto, ex-presidente, errou ao contratar o coreógrafo a poucas semanas das eleições criando-lhe expectativas que sairam defraudadas.
Paulo Ribeiro tinha o perfil que a anterior maioria socialista achava mais adequado para projectar o Teatro Aveirense. E, realmente, é um dos agentes culturais mais reputados do País. Portanto, era de acreditar no seu trabalho.
Se os motivos invocados são reais (falta de orçamento, necessidade de poupar), espera-se que a actual Câmara tenha, pelo menos, procurado renegociar o contrato do ex-director artístico e da pessoa que o acompanhou. Talvez tivesse valido a pena um esforço, também, de encontrar novas receitas, por exemplo, ao abrigo do mecenato.
Mal é se a mudança serve apenas para colocar no cargo um (a) outro (a) protagonista mais próximo das actuais sensibilidades políticas à frente do município.
Seja quem for, espera-se que esteja à altura do estatuto da sala. Caso contrário, ficamos todos a perder.

Juntas de Freguesia

Os autarcas das freguesias não cabem em si de contentes com tanta disponibilidade mas esperam mais do que palavras. O presidente da Câmara de Aveiro recebeu-os ontem à noite. Foi a terceira reunião (!) desde que Élio Maia tomou posse.
Os dois primeiros encontros serviram para apresentações. O terceiro já deve ter servido para tratar de coisas mais práticas. Resta saber se a Câmara tem fundo de maneio para atender as exigências e ainda saldar contas em atraso. Uma coisa é certa: de falta de diálogo não se podem queixar.

15.11.05

BIORIA

Parabéns à equipa do BIORIA pelo excelente trabalho e à Câmara de Estarreja pela iniciativa. Continuem!

Parar a inovação é andar para trás


São, de facto, algumas das nossas estrelas empresariais: Siroco (automação), Vulcano (termodomésticos) e A. Silva Matos (metalomecânica) operam a partir de Aveiro para todo o mundo e conseguem competir nas suas áreas com qualquer empresa. Inovação e competitividade são os seus trunfos.
O percurso de cada uma foi apresentado como exemplo a seguir durante um encontro organizado esta terça-feira em Aveiro pelo IAPMEI.
São já empresas consagradas, mas nem por isso ficam a viver dos louros.
No caso da Vulcano, ocupa uma posição de líder no mercado, o que é muito mais confortável. Mas não se pense que a subsidiária nacional do gigante alemão Bosch dorme à sombra do sucesso. É que a fábrica de Aveiro tem a responsabilidade acrescida de ser o centro de competência mundial para os termodomésticos. Ou seja, passa por ali tudo que diga respeito a novos equipamentos. “Parar é a forma mais rápida de andar para trás”, dizia Paulo Couto, director de Inovação da Vulcano citando um guru da gestão.
Para exemplificar o quanto difícil é inovar, deu conta de alguns aspectos de um projecto em que a empresa está envolvida e que talvez “daqui a alguns anos” poderá aparecer no mercado.
No início, surgiram mais de 900 ideias, das quais 20 chegaram à fase da pré-investigação. Apenas 7 vingaram dando orgem a uma dezena de patentes. E o processo ainda tem muito para andar até ser concretizado, quem sabe, se num esquentador ou caldeira revolucionário. Mas isso nem sempre acontece. A inovação, como observou Paulo Couto, é das actividades industriais com “mais alta taxa de mortalidade”.

14.11.05

Capão one men show

Medidas simples resolvem, não raramente, grandes problemas.
Isso ficou provado, mais uma vez, na reunião pública da Câmara de Aveiro realizada esta segunda-feira a tarde.
O vereador Miguel Capão Filipe trouxe para aprovação uma proposta para colocar finalmente (!) uma rampa junto à ourivesaria Vieira, na avenida Lourenço Peixinho. O hotel Arcada deve perder dois lugares de estacionamento, mas ainda tem outros dois.
E assim acabará uma dor de cabeça para quem tentava passar ali de cadeira de rodas ou com carrinho de bebé.
Miguel Capão Filipe não teve, de resto, mãos a medir e foi a figura da reunião pública, tendo agendado à conta dos seus pelouros a esmagadora maioria dos pontos da ordem de trabalhos.
Ele é trânsito, iluminações e festas de Natal, defesa do salgado e festivais de música.
Foi também o vereador da maioria mais interventivo nas respostas, prontas, a algumas, ainda que leves, bicadas da oposição onde, notoriamente, ainda se faz um esforço para não estragar o estado de graça que a praxe autárquica impõe durante mais algum tempo.

13.11.05

Rotundas artísticas para ninguém apreciar ?

O Jornal da Rua mostra as imagens da inauguração das esculturas que Dimas Macedo construiu para deixar na Murtosa, sua terra natal.
A moda das esculturas nas rotundas é um estranho paradoxo.
Este é mais um interessante conjunto artistico mas para ninguém apreciar como devia (e o autor merecia).
Estacionamos o carro na berma e passamos a pé ?
Acho que até desvaloriza a obra ficar ali, sem olhares mais atentos.
Proponho, desde já, que seja deslocalizada para um espaço público.
As rotundas podem ficar simplesmente sem nada. O efeito é o mesmo !

11.11.05

Bairrada


O optimismo do presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), João Casaleiro, ao vaticinar que a região pode retomar um lugar cimeiro na produção de vinho, não contagiou aí por além aqueles que assistiram, esta sexta-feira, à entrega dos prémios às melhores vinhas. É que a região meteu-se numa encruzilhada e não vê como possa sair dela. Alguns produtores renegaram a marca Bairrada e seguiram o seu próprio caminho. Outros continuam a defender as castas tradicionais, introduzidas que foram algumas alterações recentes nos estatutos da região demarcada. Entretanto, as vendas baixaram e outros vinhos ocuparam o lugar da Bairrada.
Ao concurso das melhores vinhas apresentaram-se muitos dos que continuam com forças para remar contra a maré. Exigente do ponto de vista técnico, o júri também não descurou outros factores. Este ano, foi distinguida em primeiro lugar uma parcela das Caves São Domingos.
A entrega dos prémios teve lugar no magníficio Museu do Vinho, em Anadia. Numa das salas, está patente uma série de caricaturas que faz sorrir quem por ali passa os olhos. Tristezas não pagam dívidas.

10.11.05

EDV Digital

Aveiro foi pioneira no lançamento do programa Cidade Digital que hoje está disseminado por todo o País. Esta quinta-feira fui ao Europarque participar numa workshop a convite do consórcio EDV Digital.
O encontro com elementos ligados à imprensa escrita e falada foi o 33º (?!) e último que os consultores do programa realizaram com representantes de mais diversas instituições dos concelhos do Entre Douro e Vouga para recolher ideias tendo em vista o lançamento de um portal na Internet.
Depois de conhecidos os planos gerais do EDV Digital, os representantes da comunicação social tiveram oportunidade de fazer um exercício sugerindo alguns serviços que poderiam assegurar no portal.
Surgiram ideias interressantes que foram passadas ao papel em termos, necessariamente, genéricos. Não é certo sequer que alguma sugestão venha a ser "agarrada" pelo consórcio.
O Entre Douro e Vouga tem alguns dos maiores orgãos de comunicação social regionais do distrito. No entanto, essa vitalidade, sobretudo na imprensa, não teve, ainda, a devida aposta na Internet. As edições on-line são rudimentares ou apenas o espelho na web da versão em papel, sem aproveitar as potencialidades, por exemplo, do hipertexto e outras ferramentas do ciberjornalismo.
Acho que o consórcio do EDV Digital e a comunicação social só têm a ganhar se colaborarem em projectos de interesse comum.
O portal não deverá ser apenas o repositório de conteúdos dos jornais e rádios, mas dar-lhes valor acrescentado, por exemplo, colocando-os em suportes comuns que podem ser redistribuídos para os utilizadores em plataformas diferentes (e-mail, sms, CD Rom, etc.).
A comunicação social deveria aproveitar, por seu lado, as oportunidades de financiamento que eventualmente surjam para, antes de mais, apetrechar as edições on-line com sistemas de gestão de conteúdos mais adequados. E instalar novas ferramentas informáticas que sejam necessárias para, por exemplo, disponibilizar arquivos (com acesso pago, claro) e outros conteúdos também a cobrar mediante micro-pagamentos.
Todos os projectos deveriam ser desenvolvidos, e apoiados, sempre tendo em mente que é absolutamente vital que à distribuição de conteúdos seja associado um modelo de negócio que permita algum tipo de rentabilidade que não apenas a publicidade.
Se conseguir isso, o EDV Digital poderá ter um papel determinante para fortelecer um sector imprescendível da vida comunitária.

8.11.05

"Bota-abaixo" fez Jaime Silva brilhar

O ministro da Agricultura e Pescas terá tido esta terça-feira, no porto de pesca da Gafanha da Nazaré, o seu melhor dia desde que chegou ao Governo socialista.
Não houve manifestações de agricultores revoltados com a demora na entrega de apoios para compensar os prejuízos da seca ou perguntas delicadas sobre receios em torno da gripe das aves.
Nem mesmo as acusações do armador Silva Vieira de alegados favorecimentos à empresa Miradouro para a construção do "França Morte" chegaram para tirar o brilho ao simbólico "bota-abaixo".
O ministro que fez carreira nos organismos europeus como especialista na Política Agrícola Comum viu agora o seu nome associado ao último grande bacalhoeiro nacional construído de raiz dos próximos (muitos) anos.
Jaime Silva sentou-se por momentos na cadeira de capitão do "França Morte" e terá desejado ao mirar da ponte que a governação fosse sempre assim como as águas calmas da ria naquela manhã.
Ao fim do dia, ainda passou pela SIC Notícias para recolher mais alguns louros da jornada festiva preparada horas antes por Pedro França. Na altura, o armador agradeceu penhoradamente a ajuda do Governo mas já deu o seu compromisso por satisfeito. E avisou que espera igual atitude no que diz respeito à parte governamental em falta, isto é autorização para enviar o "França Morte" rumo à faina.
Pedro França hoje não apareceu como o rosto da contestação do armamento nacional organizado em torno da reivindicativa ADAPI que em 1997 chegou mesmo a bloquear a barra de Lisboa.
Emocionou-se por momentos ao evocar o pai que decidiu homenagear com o nome do "sonho" que o fundador da Miradouro teve nos idos de 1996 e foi agora concretizado quase uma década depois.

Rádio fora do FM (I)

Uma das rádios que ando a ouvir com mais frequência fora do FM. As antenas (agora webizadas) voltam a ser livres ? Foi lá ter a partir das Crónicas da Terra.

SET 2005

As músicas do mundo batem-nos à porta por estes dias. E trazem-nos novas descobertas.
É o caso da Armenian Navy Band. Mas o programa do festival tem muito mais. Excelente!

Academia fora de portas ?

A actual direcção do Beira-Mar quer construir uma academia de formação e um centro de estágio nas matas da Gafanha, no concelho de Ílhavo. Segundo o presidente do clube, Artur Filipe, o local oferece "condições óptimas" para o empreendimento. "É uma zona de pinhal, junto à praia e perto de Aveiro", resumiu.
Ouvido ontem, o dirigente auri-negro considera que "em Aveiro não há nenhum sítio com as mesmas condições", daí a opção pelo concelho vizinho. "O Beira-Mar não é um clube que apenas represente o concelho de Aveiro, mas a região, o que abrange Ílhavo", afirmou.
A direcção do clube quer aproveitar o "bom relacionamento" que mantém com a autarquia ilhavense para a construção dos equipamentos. "Já falámos com a Câmara de Ílhavo e fiquei agradado pela abertura demonstrada pelo seu presidente ao projecto", referiu Artur Filipe (Diário de Aveiro).

A notícia vem no Diário de Aveiro. Já há muito que se falava na hipótese, mas não deixa de causar-me surpresa.
Não terá Aveiro na imensidão que é o parque desportivo e área envolvente ao estádio uma zona para a academia ? Será necessário mesmo procurar casa noutro concelho ? Estranho.

7.11.05

Agenda presidencial

Aplausos para o professor Manuel Oliveira, presidente da Câmara de Ovar. Por isto. Era bom que outros autarcas seguissem o exemplo.

Ainda as nomeações

Ouviram-se por estes dias alguns comentários menos abonatórios para as nomeações feitas pelo presidente da Câmara de Aveiro para as empresas municipais e outros cargos.
Os socialistas dizem que nomearam no seu tempo menos gente com cartão partidário afectado à maioria de então. Ainda tenho de confirmar isso, mas, numa análise de memória, penso terem razão.
De qualquer forma, não me repugna a mudança de titulares de cargos nem a chamada de pessoas de confiança.
O que me deixa apreensivo são os critérios para atribuir certos lugares. Élio Maia disse que foram escolhidos "cidadãos que participaram no projecto" da nova maioria "com uma sensibilidade muito alargada". É pouco. As qualificações técnicas, a experiência e o percurso profissional também não nos deveriam motivar reticências.
Posto isto, acho que futuramente deveria ser mais exigente do que foi na primeira fornada conhecida há poucos dias.
Aos nomeados, desejo as maiores felicidades. A bem de Aveiro.

Nova estação da CP


É certo que ainda faltam (muitos) retoques finais. Em Portugal, as obras, mesmo quando dadas por concluídas, deixam sempre muito para ir fazendo mais tarde.
Mesmo assim, a nova estação da CP de Aveiro, quanto a mim, está ao nível do que representou a inauguração do primeiro edifício.
O arranjo envolvente foi, igualmente, feliz.
A imagem da cidade ganha com esta intervenção naquele que é o local de chegada de muitos dos que visitam Aveiro pelos mais diversos motivos.
Valeu a pena esperar.

3.11.05

Não perder o Norte

EDV Digital | Informalocal | Aveiro Norte UA | Eco-empresas
Por estes e outros (bons) exemplos, não se pode perder o Norte do distrito. Para além da dinâmica económica, as gentes do Entre Douro e Vouga têm sabido lançar, como se vê, projectos colectivos muito interessantes em torno de associações de municípios e outras entidades.

Assembleia Municipal de Águeda

A vida de Gil Nadais, novo presidente da Câmara de Águeda, não vai mesmo ser nada fácil.
É que o PSD conseguiu eleger Paulo Matos para a presidência da Assembleia Municipal (com mais um voto que o socialista Silva Pinto). Será interessante acompanhar como o combativo líder concelhio vai presidir à mesa. As sessões vão ganhar, certamente, um interesse maior.

Um extenso manto de jacintos ameaça a segurança da ponte de Vilarinho, em Cacia, inaugurada no tempo em que Gilberto Madaíl era Governador Civil.
É incrível o que uma planta aparentemente inofensiva é capaz de fazer.
A praga há muito que anda a inquietar as populações ribeirinhas.
O pior é que ninguém saberá exactamente como acabar com esta maldição que depois de ter atingido a pateira de Fermentelos infestou o Vouga.

2.11.05

A vez do PS em Águeda

Gil Nadais é hoje empossado como presidente da Câmara de Águeda. A transferência de poder denotou algum mau perder da maioria cessante (ver notícia) que não teve tempo nas últimas semanas de conversar com o novo presidente.
Na sua segunda tentativa, o antigo vereador do PSD conquistou o município para o PS que há vários anos lhe deu albergue partidário.
Os sociais democratas estiveram à frente do concelho desde as primeiras autárquicas. O desgaste (natural) dos últimos quatro anos, com o julgamento de Castro Azevedo pelo meio, levou à alternância democrática.
A tarefa de Gil Nadais, psicólogo de formação, não é fácil. Tanto mais que o próprio colocou a fasquia alta ao apresentar um ambicioso programa que eleitores e opositores vão começar a cobrar logo que passarr o habitual estado de graça.

1.11.05

Nomeações e distribuição de pelouros na Câmara de Aveiro

Prémios de campanha

Poderia usar uma designação feia e, admito, ofensiva quando injustamente aplicada.
Nos casos de algumas nomeações da nova maioria na Câmara de Aveiro não quero ser indelicado ao dizer que foram distribuídos "tachos". Chamo-lhes prémios de campanha.
Ulisses Manuel, líder da concelhia do PSD, em princípio, deve vir trabalhar novamente para Aveiro, já que é um dos nomes de Élio Maia para a Parque Desportivo de Aveiro, talvez a empresa mais apetecida.
O economista andou pelo estrangeiro durante algum tempo. Regressou com os Governos do PSD-CDS/PP onde foi chefe de gabinete do ministro que precipitou a queda de Santana Lopes. Ulisses Manuel conseguiu manter-se, entretanto, num cargo de nomeação na Agência Nacional para o Programa da Juventude, resistindo à chegada do PS.
O segundo vogal da PDA é Gilberto Ferreira que foi um dos rostos da JSD.
Para a EMA, vão mais dois vogais. A indicação de João Pedro Dias, um prestável advogado especialista em direito comunitário que é do CDS, não deixa de ser surpreendente.

Actualizado a 3 de Novembro: João Pedro Dias não é, propriamente, um desconhecedor do meio desportivo e já foi dirigente do Beira-Mar. Faça-se essa justiça.

Para a EMA segue também Susana Esteves, a empenhadíssima jovem social democrata que Élio Maia não esqueceu de compensar pela ajuda na campanha quando chegou a hora de distribuir algumas benesses.
Também o incansável Virgílio Nogueira foi premiado, duplamente: é adjunto do presidente e entra para a administração do Teatro Aveirense ficando mais perto da cultura que é uma das suas paixões.
Já a renovação de confiança em Lusitana Fonseca não será uma prenda envenenada. A vereador do PS tem sido sempre muito elogiada por Ribau Esteves, enquanto presidente da AMRIA, que é parte do consórcio Aveiro Digital.
Sobre Paulo Amorim, presidente da SAD Aveiro Basket, apesar de receber apoio para continuar não se sabe muito bem qual será o futuro da participação camarária.
Como ainda faltam nomear alguns executivos (os directores-gerais e administradores-delegados), há gente que pode sair dos actuais cargos (ou já saiu como é o caso de Miguel Lemos, da EMA/PDA) e outros que podem entrar.

Votações sem conflitos de interesses

A votação das várias nomeações para empresas municipais na sessão pública de segunda-feira passada nem sempre contou com todos os vereadores.
Miguel Capão Filipe, que é dirigente do Beira-Mar, entendeu ausentar-se quando o executivo votou as escolhas para a EMA, supostamente porque o clube é inquilino da empresa.
Jorge Greno, que faz parte da direcção do Galitos, saiu no momento da votação da recomendação para Paulo Amorim continuar à frente do Aveiro Basket já que o clube faz parte da SAD .
O vereador Pedro Ferreira saiu quando votou-se a proposta para os nomes dos cargos da PDA, já que o seu irmão, Gilberto Ferreira, era um dos indicados.
E Lusitana Fonseca, coordenadora do Aveiro Digital, não participou na sua própria indicação para o Aveiro Digital.
Ao contrário dos restantes, a vereadora do PS que a maioria quer manter a trabalhar para a Câmara não chegou a sair da sala. E justificou-se lembrando que não era prática levar ao extremo o que diz a letra da lei.

29.10.05

Souto actualizou blog

Só agora dei por isso. Alberto Souto actualizou o seu blog após alguns dias de silêncio e colocou o seu discurso de termo de mandato. Esperemos que continue a escrever.

Assembleia Municipal de Aveiro

Élio não deixou rasto

Sabia-se que Élio Maia foi desportista de competição (andebol). No final da Assembleia Municipal deste sábado provou que ainda é muito rápido, apesar dos quilitos a mais.
É que, mal os trabalhos foram dados como terminados, saiu do edifício a tal velocidade que os jornalistas lhe perderam o rasto num abrir e fechar de olhos.
É mais uma tradição que se quebra. Normalmente, Alberto Souto era dos últimos a abandonar a sala e dava sempre umas palavrinhas à press.

Oposição camarária reduzida a Marília Martins

A simpática Marília Martins foi a única vereadora do PS que participou na Assembleia Municipal este sábado. Faltaram Lusitana Fonseca, que na prática é agora a líder do PS na oposição camarária, Pedro Silva e Marques Pereira. Este último é substituto de Eduardo Feio, entretanto nomeado para uma direcção-geral no Ministério da Administração Interna. O ex-vereador suspendeu o mandato por seis meses mas prometeu que vai andar atento e não pôs de lado um regresso às lides. Alberto Souto, também com o lugar de vereador suspenso, não se esperava ver na Assembleia Municipal, nem se sabe onde pára. Anda por aí igualmente atento, garantiram-nos.

Juntas socialistas ao lado da maioria

A disciplina partidária dificilmente aplica-se aos presidentes de Junta que tomam parte na Assembleia Municipal.
Os autarcas do PS que lideram as freguesias de S. Jacinto, Vera Cruz e Eirol não foram excepção este sábado e votaram a favor das propostas da maioria de direita, quando a indicação de voto da bancada era a abstenção. A atitude motivou logo comentários pouco abonatórios de deputados 'rosa'. Mas entre agradar a directórios partidários ou não hostilizar quem os apoia, os presidentes de Junta, normalmente, optam pela segunda opção. Em nome dos seus interesses, leia-se, das suas freguesias.

Regina Bastos "praxada"

A nova presidente da Assembleia Municipal de Aveiro foi "praxada" na primeira reunião a sério este sábado. O nervosinho veio ao de cima: esqueceu-se de alguns preceitos regimentais, confundiu as votações e ainda teve de dar a mão à palmatória num ou outro erro.
A deputada do PSD na Assembleia da República tem de estudar melhor o regimento para evitar que alguns deputados mais experientes da oposição lhe estejam sempre a apontar, com alguma razão, o dedo à forma como conduz os trabalhos.
Mas já deu provas de ter fibra para o lugar.

Souto não teve a defesa do PS

A saída de Alberto Souto da Câmara de Aveiro, depois da derrota eleitoral de Outubro, desinibiu os socialistas. Este sábado, na Assembleia Municipal, nenhum elemento do PS defendeu as taxas máximas propostas pela anterior maioria nos sucessivos mandatos. Pelo contrário, ouviram-se vozes concordantes com a redução proposta pela direita, apesar do sentido de voto ter sido a abstenção (exceptuando os presidentes de Junta que alinharam com a nova maioria).

28.10.05

CTT


Os CTT hoje em dia tratam e vendem de quase tudo.
Na estação da avenida, em Aveiro, aquilo mais parece uma loja dos chineses.
Andam tão ocupados com as vendas que até se esquecem para que servem, afinal, os correios !

27.10.05

A Murtosa merecia melhor site

Será que a Câmara da Murtosa não é capaz de fazer (ou mandar fazer) melhor do que isto ?
O concelho e as suas gentes mereciam mais.
Este amigo murtoseiro é que podia fazer despertar o presidente Santos Sousa para estas coisas.

Sampaio em boa forma

O Presidente da República foi hoje submetido a uma dura prova de resistência e aguentou estoicamente!
Nas três horas e meia em que Jorge Sampaio esteve em Oliveira do Bairro inaugurou a escola básica de Oiã, o pólo de leitura, o museu de etnomúsica de Troviscal e ainda o monumento ao universalismo português. Sempre com permanentes apertos de mão.
Quatro placas descerradas e outras tantas bênçãos depois, ouviu mais um discurso do presidente cessante, Acílio Gala, e a alocução final de Adriano Moreiro.
No final da jornada dedicada à cultura e educação, o Presidente da República ainda teve fôlego para mandar um "recado", como disse que os jornalistas o interpretariam, aos professores que preparam uma greve geral. "Não vinguem mais os ressentimentos", apelou.
A visita presidêncial marcou a despedida de Acílio Gala após 16 anos de presidência de Câmara.
Oliveira do Bairro progrediu muito. O autarca do CDS deixa a sua marca em infra-estruturas básicas, em escolas e equipamentos culturais. No reverso da medalha, é notório a descaracterização da malha urbana do concelho e mesmo de algumas freguesias.

Feio aumenta contigente aveirense no MAI

Está desvendada a razão que levou Eduardo Feio a pedir a suspensão de vereador da Câmara de Aveiro. Boa sorte senhor Director-Geral!
O ex-vice-presidente foi aumentar o contigente aveirense no ministério da Administração Interna onde já se encontra Fernando Rocha Andrade, subsecretário de Estado Adjunto, que tem como chefe de gabinete Jorge Sequeira, que é de S. João da Madeira.

26.10.05

(In) compatibilidades

Girão Pereira foi presidente da Assembleia Geral do Beira-Mar quanto estava à frente da Câmara de Aveiro e arrependeu-se.
Alberto Souto aceitou ser presidente da Assembleia Geral do Beira-Mar no primeiro mandato de líder da autarquia e demitiu-se.
São funções, pelos interesses em causa, dificilmente compatíveis.
Miguel Capão Filipe parece ter decidido acumular a influente vice-presidência que tem no Beira-Mar com as funções, a tempo inteiro, como vereador da Câmara de Aveiro.
No final do anterior mandato, quando já era dirigente do Beira-Mar, escusava-se a tratar de assuntos do clube na Câmara e aparentemente não tomava parte nas discussões / votações.
Não se sabe se nas reuniões do Beira-Mar teve, e terá, a mesma coerência.
É certo que os executivos do poder local não podem ver limitados os seus direitos de cidadãos em tomar parte na vida associativa da comunidade.
Não se devem esquecer, também, que existem especiais deveres no relacionamento entre autarquia e colectividades, neste caso mais em relevo por se tratar do principal clube da cidade.

25.10.05

O Estado de que gosto

Tenho visto por estes dias de receios o Estado que gosto de saber que existe e no qual quero confiar. Serviços de saúde pública aptos para dar respostas prontas a possíveis emergências, uma Direcção Geral de Veterinária actuante e laboratórios eficazes dão-nos mais alguma tranquilidade.
É este o Estado que me interessa ter e não o Estado dos grandes negócios da EDP, da Galp e outros que tais.

23.10.05

EMA

Miguel Capão Filipe, vereador da Câmara de Aveiro que ainda acumula com a vice-presidência do Beira-Mar, andou hoje a fazer de cicerone de alguns elementos do CDS-PP que visitaram o estádio no final do jogo com o Gondomar que a equipa da casa venceu com dificuldade. Sabendo-se de mudanças certas na empresa municipal que gere o estádio, será que o vereador / dirigente andou a mostrar os cantos da casa a algum potêncial sucessor de Miguel Lemos ? Um dos elementos que integravam o grupo de visitantes já teve até uma experiência de gestão de empresas municipais.

Eduardo Feio

Cansaço e desilusão podem justificar a decisão do sempre prestável vereador Eduardo Feio também vir a pedir a suspensão de mandato, seguindo o exemplo de Alberto Souto.
O ex-vice-presidente da Câmara está em funções há 11 anos na Câmara de Aveiro, primeiro na oposição e depois nos elencos de Alberto Souto.
Na eventualidade de decidir agora afastar-se, o que se compreenderá pelo desgaste em termos pessoais a que foi sujeito, este ainda jovem socialista (tem 40 anos), poderá querer dizer que não tem ambição de mais tarde ser hipótese para candidato à presidência da Câmara, lugar onde alguns dos seus camaradas o gostariam de ver num cenário de sucessão natural a Alberto Souto. Claro que poderá, também, estar a ganhar algum do fôlego perdido.
Embora tenha um perfil técnico (concluiu a formação superior em planeamento regional e urbano já na Câmara), Eduardo Feio tem tido sempre uma activa presença nos orgãos locais do PS. Quererá ter ainda uma palavra a dizer sobre o futuro do partido no concelho ?

Câmara de Aveiro já trabalha a Élio

Afinal sempre consegui ir à tomada de posse dos novos orgãos municipais de Aveiro.
Sala apinhada de gente para ouvir as últimas palavras de Alberto Souto e as primeiras de Élio Maia na cerimónia que assinalou a passagem de testemunho na Câmara.
As presenças de Marques Mendes e Paulo Portas arrastaram as televisões e deram protagonismo mediático a um evento que estaria reservado para consumo local.
Élio Maia, embora naturalmente nervoso, não alterou a simplicidade como já tinha feito a campanha.
Alberto Souto, ainda constragido pelo desfecho eleitoral, não se ficou por palavras de circunstância mas adiou para outra ocasião abordar, mais em profundidade, o seu legado.
A primeira decisão do novo presidente da Câmara foi abrir o gabinete para o tradicional beija-mão, a que se associaram muitos munícipes anónimos.
Entre as prioridades mais imediatas a tratar já a partir de segunda-feira está o plano e orçamento para 2006 e clarificar, quanto antes, a situação financeira. O grupo de pessoas que Élio Maia tinha a colaborar nessas questões vai dar uma ajuda em descortinar as engenharias financeiras herdadas da maioria PS.
A nova equipa quer ter a casa arrumada ao seu jeito até Março.

22.10.05

Obrigada dr. Alberto Souto

Alberto Souto entrega este sábado às chaves da Câmara a Élio Maia.
Com a azáfama dos últimos dias de campanha e as arrumações forçadas pela derrota eleitoral tem-se esquecido de nos escrever algo (é coincidência o template escolhido para o blog Já Agora ser igual !).
Da minha parte dr., obrigada por tudo e desculpe qualquer coisinha mais incómoda nestes últimos oito anos de sã convivência jornalística.
Como homenagem sincera, recordo aqui, provavelmente, o momento mais marcante dos seus mandatos. O registo sonoro é uma declaração feita ao meu amigo Jorge Maia, em directo, na antiga rádio Moliceiro.

Mudança no site da CMA

O site da Câmara de Aveiro, estranhamente, não dava notícia da transferência de poder. Mas alguém teve o cuidado de apagar a antiga vereação de véspera.
Mais eficazes foram os serviços da Assembleia Municipal que fizeram já o favor de dar posse à minha conterrânea a quem desejo votos de felicidades no cargo.

Monk & Coltrane em 1957

"Thelonious Monk Quartet with John Coltrane- At Carnegie Hall (Blue Note)". Esta
gravação é de 1957 e terá sido descoberta por acaso algures num monte de fitas velhas.
Ando a ouvir o CD e, de facto, é um registo histórico com uma qualidade magnífica.

21.10.05

Bor Land

O que é nacional é bom. Muito, muito interessante! É o mínimo que se pode dizer da editora portuguesa Bor Land.

20.10.05

Canal S. Roque antes de polisado

Alguém ainda se lembra do canal de S. Roque antes de polisado ?
Nem era assim tão feio, pois não ?

Presidênciais

Mário Soares, respeito-o pelo papel que teve na consolidação da democracia portuguesa. No entanto, acho que dificilmente será mais do que a curiosidade destas presidênciais.
Cavaco Silva, respeito-o pela forma como governou o País nos primeiros anos da sua década de Primeiro-Ministro. Aa verdade é que ainda hoje, tanto tempo depois de ter sido derrotado por Jorge Sampaio, não o consigo imaginar como Presidente da República. E tamanho calculismo já evidenciado não sei se ajuda.
Manuel Alegre, respeito-o mais não fosse pela coragem política e a nota de romantismo que faz transparecer da sua candidatura. Resta saber até onde conseguirá ser apelativo e tornar-se na surpresa da campanha.
Jerónimo de Sousa e Francisco Louça, respeito-os também, mas, para já, não contam para nada. E a não desistirem, fazem um favor ao alvo que ambos mais desejam abater.

Passagem de testemunho

Confesso que não acreditava. Mas o povo assim quis. E sábado logo pela manhã Élio Maia lá vai ser empossado presidente da Câmara de Aveiro. Não vou poder assistir à passagem de testemunho, com pena.
No meu currículo já tenho alguns episódios locais interessantes. Ainda acompanhei a ponta final dos sucessivos mandatos de Girão Pereira que após duas décadas de poder no município partiu deixando o professor Celso Santos ao "leme" da barca. Depois o CDS perderia a Câmara para Alberto Souto e a nova maioria PS assumiu o poder que agora devolve. Funcionou a alternância democrática, que é um remédio santo para muitas doenças.
Alberto Souto, não vale a pena esconder, deixa, apesar de todas as justas críticas que lhe possam ser feitas, um legado impressionante para apenas oito anos. E já se prepara o reconhecimento da obra feita. Será também uma forma de entusiasmar o futuro vereador com mandato suspenso para outros voos que o partido, certamente, lhe reserva.
De Élio Maia, assumo, só espero que me surpreenda pela positiva. Porque as expectativas, por agora, não são muitas.
Já agora, felicidades para todo o novo elenco!

PIDDAC da treta

Chama-se Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC). É uma das tretas anuais que vem com o Orçamento de Estado. Ninguém acredita. Nem os que prometem financiar, nem os que vão receber.