30.9.06

Rio

Um é economista. O outro filósofo.
Um é presidente de Câmara e militante do PSD. O outro é presidente de Câmara sem filiação partidária à frente de uma coligação de direita.
Para além de ambos serem autarcas, o que têm Rui Rio e Élio Maia em comum ?
Ulisses Manuel, líder da concelhia do PSD, apontou mais semelhanças no lançamento do debate que trouxe a Aveiro o antigo secretário-geral do partido.
Ambos não se conformaram com as pesadas heranças que assumiram quando eleitos. Sucederam a socialistas. E são muito pouco preocupados com a opinião publicada e mais interessados nos cidadãos.
Recebido como um guru pelo PSD de Aveiro, o controverso presidente da Câmara do Porto deu uma lição de como gerir um município.
O edil disse que é preciso resistir à tentação de fazer promessas eleitoriais impossíveis de cumprir e enfrentar os poderes instalados, lembrando a guerra que trava com interesses imobiliários.
Resta saber se estas e outras 'leis' de Rio vão ser aplicadas à beira ria.

27.9.06

UA

“Temo que estejamos perto da ruptura”, avisou a reitora da UA na abertura solene de mais um ano lectivo. Bem me parecia que tinha já ouvido algo semelhante.

Aveiro | 27-MAI-2006 13:31
Helena Nazaré não deixou de lembrar que "a falta de investimento desde o ano 2000" está a causar problemas graves +

Aveiro | 06-OUT-2004 17:44
Governo trava acesso das universidades a saldos de gestão. A medida, que o Ministério das Finanças aplicou em nome do equilíbrio financeiro, desagradou à reitora da Universidade de Aveiro (UA) +

Aveiro | 29-MAI-2004 16:51
A Universidade de Aveiro (UA) tem acautelado a "significativa diminuição" de fundos públicos gerando novas receitas através de contratos de investigação e prestação de serviços +

Aveiro | 01-OUT-2003
"O ensino superior continua a ser visto como uma despesa e não como um investimento". Palavras da reitora da Universidade de Aveiro (UA) ouvidas na abertura do ano lectivo +


Aveiro | 24-MAI-2003
Para Helena Nazaré, as recentes medidas governamentais anunciadas para melhorar a qualidade do ensino "revelam uma ausência de visão estratégica". E "não parecem traduzir senão uma redução cega do investimento no sector" +

Aveiro | 08-JUN-2002
Helena Nazaré alertou o ministro para a injusta penalização da UA na aplicação da fórmula de financiamento, que "compromete seriamente investimentos necessários". Aveiro apresenta o "maior desvio percentual" +

26.9.06

Caracol

Num momento de raro consenso, a vereação deu indicações seguras na última reunião do que poderá vir a ser a mascote da Câmara de Aveiro até ao fim do actual mandato.
Em mais uma intervenção crítica, o vereador do PS Marques Pereira lamentou a falta de empenho do executivo no Dia Sem Carros, ao contrário do que sucedia, na sua opinião, quando Alberto Souto era presidente.
Das actividades organizadas pela coligação, o socialista não reteve mais do que um caracol gigante insuflável no Rossio que, apesar de imóvel, considerou ser “um sprinter ao pé da mobilidade” da actual maioria.
A piada foi devolvida nos mesmos termos por Miguel Capão Filipe quando fez notar a ausência da oposição no debate sobre a mobilidade na Beira Mar. “O caracol chegou seguramente primeiro”, atirou. O vereador lembrou também a decisão camarária de, finalmente, colocar o centro coordenador de transportes a funcionar. Uma obra que “estava a passo de caracol” desde o tempo do PS.
O caracol, está visto, serve os interesses da maioria e oposição.

Vindimas

O amanhecer cobre de névoa as vinhas de S. Lourenço do Bairro, em Anadia, no coração da Bairrada, criando uma paisagem magnífica.
O aroma frutado que se espalha no ar indicia que as uvas estão maturadas, à espera que alguém lhes ponha as mãos.
As vindimas seguem a bom ritmo.
Os terrenos calcários e argilosos, as castas (onde a Baga ainda é raínha), e o saber fazer secular são a combinação perfeita para criar magníficos vinhos.

25.9.06

Responsabilidades

É uma lição que se apreende em poucas aulas.
Gerir organizações empresariais implica assumir responsabilidades. Com maior ou menor risco, bem ou mal ponderado, são os responsáveis que o devem fazer.
Mas quando as coisas dão para o torto e implicam correcções a rumos traçados ou mesmo mudanças drásticas, nem sempre são responsabilizados pelas opções erradas que tomaram.
E quem paga é invariavelmente o mexilhão.