18.11.05

Pedro Silva

Com a vereadora Lusitana Fonseca ocupada pelos afazeres do Aveiro Digital, onde a maioria de direita a manteve, o PS vê Pedro Silva assumir-se como o principal rosto da oposição na Câmara.
"Ele é uma máquina", comentava outro vereador socialista, Marques Pereira, que ocupou o lugar de Eduardo Feio.
Pedro Silva tem sido uma espécie de ponto do PS a marcar o ritmo dos primeiros passos da coligação.
Agora surge também na blogosfera para ajudar a fazer Melhor Aveiro com as suas opiniões. Curioso que tenha também a iniciativa de antecipar a agenda das reuniões de Câmara (pelo menos fê-lo em relação à da próxima segunda-feira). Acho que isso é inédito. E não sei se agradará à maioria actual.
Da próxima sessão privada surge o período da ordem do dia, mas foi anunciado que será também aprovado o nome de Maria da Luz Nolasco (apontado na imprensa escrita e falada) para directora do Teatro Aveirense.
É interessante ainda que, e já não é a primeira vez este mandato, se submetam propostas de subsídios já consideráveis para o movimento associativo de uma forma isolada (10 mil euros para os festejos do S. Gonçalinho e 20 mil euros para a Associação Musical de S. Bernardo).
O programa da coligação é muito claro ao defender a atribuição de apoios "no âmbito de contratos-programa com base na responsabilização mútua e nos planos de actividades". Os casos referidos estarão nestas condições ? Ou serão as primeiras excepções à regra que serviu de bandeira eleitoral ?

Rádio fora do FM (II)

Sunshine Reggae aqui , para quando escapar na antena.

Grande e pequeno comércio

Está aí mais uma vaga de médias / grandes superfícies comerciais e afins que vão abrir nos próximos tempos, um pouco por toda a região (S. João da Madeira, Estarreja, Albergaria, Águeda, Feira, Aveiro).
Para os consumidores, não será mau. Os preços tendem a baixar com a concorrência. Pelo menos dá essa impressão.
Do lado do comércio dito tradicional, ouvem-se os habituais queixumes.
As pequenas lojas têm dificuldade em responder às ofensivas dos Pingo Doces, Mini-Preços, Jumbos e Feiras Novas.
Mas há excepções. Em Aveiro, por exemplo. E, pelo que conheço, nem terão sido dos que receberam dinheiros dos projectos de urbanismo comercial que iam transformar o centro da cidade num "centro comercial ao ar livre".
No mini-mercado onde habitualmente passo há sempre clientes. Está aberto até um pouco mais tarde, tem ovos caseiros (até se nota que vieram da capoeira...), pataniscas de bacalhau e papos secos (dos verdadeiros). E simpatia da parte de quem atende.
Noutro caso, sei que o dono da pequena loja prontifica-se a levar a casa dos clientes habituais as compras que lhe pedem por telefone ou num recado. A montra que modifica quase semanalmente com um esmero nada comum diz tudo.

17.11.05

ELLAS

As canções, ELLAS próprias e uma sala a cheirar a novo. Bons motivos para ir a Estarreja.

A lição de Artur Santos Silva

Artur Santos Silva, o senhor BPI, agora mais despreendido da gestão executiva, esteve esta quarta-feira em Aveiro, a convite da Associação Académica da UA, para falar de emprego e ensino superior.
O banqueiro nortenho, que tem tido uma participação cívica activa, deixou a sua visão do que deveria mudar no ensino superior. Disse que é necessário torná-lo mais favorável ao empreendedorismo. Lembrou o caso da Irlanda, onde o crescimento económico ficou muito a dever a gente que saiu das universidades para criar empresas.
A lição de Artur Santos Silva - que é a par de Belmiro de Azevedo (o Homem Sonae) uma das figuras que marcaram o desenvolvimento do País no pós-25 de Abril - terminou com alguns conselhos práticos aos estudantes.
Uma atitude que não recomendou de todo é a arrogância “ao estilo de José Mourinho”, apesar do seu banco ter, justamente, o mais conhecido treinador português como um dos rostos do momento. Viram-se sorrisos na sala.

16.11.05

"4 Luas"

Reencontrei quase por acaso o "4 Luas" na Aveiro FM (96.5).
João Carlos Silva continua na mesma: excelente !
Passa às quartas-feiras, entre as 22:00 e as 00:00.
Um oásis radiofónico.

Paulo Ribeiro

A nova Câmara afastou Paulo Ribeiro da direcção do Teatro Aveirense. Era de esperar.
Alberto Souto, ex-presidente, errou ao contratar o coreógrafo a poucas semanas das eleições criando-lhe expectativas que sairam defraudadas.
Paulo Ribeiro tinha o perfil que a anterior maioria socialista achava mais adequado para projectar o Teatro Aveirense. E, realmente, é um dos agentes culturais mais reputados do País. Portanto, era de acreditar no seu trabalho.
Se os motivos invocados são reais (falta de orçamento, necessidade de poupar), espera-se que a actual Câmara tenha, pelo menos, procurado renegociar o contrato do ex-director artístico e da pessoa que o acompanhou. Talvez tivesse valido a pena um esforço, também, de encontrar novas receitas, por exemplo, ao abrigo do mecenato.
Mal é se a mudança serve apenas para colocar no cargo um (a) outro (a) protagonista mais próximo das actuais sensibilidades políticas à frente do município.
Seja quem for, espera-se que esteja à altura do estatuto da sala. Caso contrário, ficamos todos a perder.

Juntas de Freguesia

Os autarcas das freguesias não cabem em si de contentes com tanta disponibilidade mas esperam mais do que palavras. O presidente da Câmara de Aveiro recebeu-os ontem à noite. Foi a terceira reunião (!) desde que Élio Maia tomou posse.
Os dois primeiros encontros serviram para apresentações. O terceiro já deve ter servido para tratar de coisas mais práticas. Resta saber se a Câmara tem fundo de maneio para atender as exigências e ainda saldar contas em atraso. Uma coisa é certa: de falta de diálogo não se podem queixar.

15.11.05

BIORIA

Parabéns à equipa do BIORIA pelo excelente trabalho e à Câmara de Estarreja pela iniciativa. Continuem!

Parar a inovação é andar para trás


São, de facto, algumas das nossas estrelas empresariais: Siroco (automação), Vulcano (termodomésticos) e A. Silva Matos (metalomecânica) operam a partir de Aveiro para todo o mundo e conseguem competir nas suas áreas com qualquer empresa. Inovação e competitividade são os seus trunfos.
O percurso de cada uma foi apresentado como exemplo a seguir durante um encontro organizado esta terça-feira em Aveiro pelo IAPMEI.
São já empresas consagradas, mas nem por isso ficam a viver dos louros.
No caso da Vulcano, ocupa uma posição de líder no mercado, o que é muito mais confortável. Mas não se pense que a subsidiária nacional do gigante alemão Bosch dorme à sombra do sucesso. É que a fábrica de Aveiro tem a responsabilidade acrescida de ser o centro de competência mundial para os termodomésticos. Ou seja, passa por ali tudo que diga respeito a novos equipamentos. “Parar é a forma mais rápida de andar para trás”, dizia Paulo Couto, director de Inovação da Vulcano citando um guru da gestão.
Para exemplificar o quanto difícil é inovar, deu conta de alguns aspectos de um projecto em que a empresa está envolvida e que talvez “daqui a alguns anos” poderá aparecer no mercado.
No início, surgiram mais de 900 ideias, das quais 20 chegaram à fase da pré-investigação. Apenas 7 vingaram dando orgem a uma dezena de patentes. E o processo ainda tem muito para andar até ser concretizado, quem sabe, se num esquentador ou caldeira revolucionário. Mas isso nem sempre acontece. A inovação, como observou Paulo Couto, é das actividades industriais com “mais alta taxa de mortalidade”.

14.11.05

Capão one men show

Medidas simples resolvem, não raramente, grandes problemas.
Isso ficou provado, mais uma vez, na reunião pública da Câmara de Aveiro realizada esta segunda-feira a tarde.
O vereador Miguel Capão Filipe trouxe para aprovação uma proposta para colocar finalmente (!) uma rampa junto à ourivesaria Vieira, na avenida Lourenço Peixinho. O hotel Arcada deve perder dois lugares de estacionamento, mas ainda tem outros dois.
E assim acabará uma dor de cabeça para quem tentava passar ali de cadeira de rodas ou com carrinho de bebé.
Miguel Capão Filipe não teve, de resto, mãos a medir e foi a figura da reunião pública, tendo agendado à conta dos seus pelouros a esmagadora maioria dos pontos da ordem de trabalhos.
Ele é trânsito, iluminações e festas de Natal, defesa do salgado e festivais de música.
Foi também o vereador da maioria mais interventivo nas respostas, prontas, a algumas, ainda que leves, bicadas da oposição onde, notoriamente, ainda se faz um esforço para não estragar o estado de graça que a praxe autárquica impõe durante mais algum tempo.

13.11.05

Rotundas artísticas para ninguém apreciar ?

O Jornal da Rua mostra as imagens da inauguração das esculturas que Dimas Macedo construiu para deixar na Murtosa, sua terra natal.
A moda das esculturas nas rotundas é um estranho paradoxo.
Este é mais um interessante conjunto artistico mas para ninguém apreciar como devia (e o autor merecia).
Estacionamos o carro na berma e passamos a pé ?
Acho que até desvaloriza a obra ficar ali, sem olhares mais atentos.
Proponho, desde já, que seja deslocalizada para um espaço público.
As rotundas podem ficar simplesmente sem nada. O efeito é o mesmo !