18.4.06

Repete-se a história


"Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
O dito popular é infalível e ajuda a explicar a insatisfação do presidente do Beira-Mar com os atrasos na transferência de verbas da EMA.
Artur Filipe provou, afinal, que a história repete-se.
E se o antecessor Mano Nunes culpava o ex-director geral da EMA Miguel Lemos, o actual presidente já terá identificado o vereador Pedro Ferreira, que tem o pelouro das finanças, como "o miúdo" que está a "entravar" o acerto de contas.
Élio Maia no início do mandato avisou logo que seria preciso conversar melhor com o clube mas o vereador Jorge Greno descansou as hostes beiramarenses. O problema é que dinheiro, para já, nem vê-lo.
As declarações intempestivas de Artur Filipe podem causar ricochete na Câmara e atingir politicamente a coligação PSD-CDS/PP que não será à prova de bala.
A direcção do Beira-Mar tem elementos muito próximos do CDS/PP, sendo um dos vice-presidentes o vereador Miguel Capão Filipe. Já Jorge Greno abdicou das funções no clube depois de integrar a equipa da autarquia.
O PSD poderá não gostar nada de ver um dos seus dois vereadores com mais desgaste novamente sob mira de críticas e ainda por cima vindas de meios próximos dos parceiros na Câmara.
O Beira-Mar parece querer cobrar as facturas em atraso numa altura em que os adeptos estão já a festejar a subida.
Veremos até que ponto o árbitro Élio Maia aguenta a pressão e encontra uma forma airosa de satisfazer os direitos (?) do clube.
Para já, tem-se mantido abrigado das críticas do Beira-Mar mas poderá ser forçado a entrar em campo a qualquer momento.

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