O vereador do PS Marques Pereira confessou hoje já ter algumas saudades dos discursos de Alberto Souto.
O desabafo foi feito depois de ter pedido referências mais concretas nas intervenções que o actual presidente faz em momentos solenes.
Embora tendo renovado os elogios pelo requinte poético dos escritos lidos por Élio Maia no primeiro Dia da Cidade a que presidiu, assim como mais recentemente no 10 de Junho, Marques Pereira notou que "faltaram compromissos para o futuro e uma palavra aos aveirenses".
Sugeriu, por isso, abordagens a "temas concretos, projectos e ideias que a Câmara entende abraçar".
A troca de opiniões sobre discursos e estilos literários subiu de tom quando o vice-presidente Carlos Santos resolveu trazer de volta a polémica suscitada pelo discurso feito por Alberto Souto a 12 de Maio de 2004 (e não o do ano passado, como erradamente datou).
"Foi dos discursos mais deploráveis e ofensivos que um presidente da Câmara pode proferir", criticou, confessando que não abandonou a sala "porque não podia sair".
Em contraponto, achou o discurso de Élio Maia a 12 de Maio "adequado", sugerindo inclusivamente que fosse comparado com o tal "exercício deplorável de retórica" assumido por Alberto Souto.
Questões políticas e partidárias no dia de Santa Joana "são perfeitamente desajustadas", disse, entendendo, por isso, que o presidente actual não deve aproveitar tal momento para apreciações desse género.
Marques Pereira saiu em socorro do anterior presidente, sublinhando que é necessário transmitir aos cidadãos algo ligado às realizações da Câmara para além de outras referências.
Élio Maia acabaria por terminar a troca de galhardetes sublinhando que fará discursos orientados "para a união e de sentido positivo, mais do que elencar obras".
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