20.2.09

Que não nos falte pachorra

Sócrates em Aveiro, no primeiro de dois dias, pareceu em baixo de forma e (muito) desconfiado dos jornalistas de quem passou a tarde a fugir.
Nem os parabéns deu ao Governo pelos quatro aninhos de vida, refugiando-se no palco das cerimónias pré-formatas, que usa e abusa.
Valeu Manuel Pinho com mais uma das suas gafes depois de António Mexia (EDP) e Carlos Martins apresentarem 'a meias' a barragem de Ribeiradio, em Couto Esteves.
"Eu nunca via um programa na televisão em que estavam duas figuras juntas, qual era ? Eram os marretas. Portanto, tivemos uma apresentação originalíssima, vozes a dois, e tínhamos um engenheiro, o que nos dá muitas garantias”, brincou, a despropósito, o ministro da Economia causando sorrisos amarelos na assistência.
No Porto de Aveiro e, antes, em Cacia, nada foi deixado ao acaso. Para compor o cenário a Refer mandou um comboio de mercadorias, com a máquina pintada de fresco, estacionar próximo da plataforma multimodal.
A APA pediu um navio emprestado para se posicionar numa abertura da tenda dos discursos, erguida no terminal de granéis líquidos, para ficar bem na fotografia. A maré é que não ajudou, teimando em empurrar a embarcação para fora do cenário.
Amanhã há mais "Governo Presente" em Aveiro.
Que não nos falte pachorra, a todos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais do que fugir dos jornalistas, Sócrates, criou à sua volta uma espécie de barreira de betão, que lhe tapava a visão, de quem, também estava ali, para fazer o seu trabalho. Logo ele que passa a vida a dizer, “que é preciso ter atitude, que é preciso estar à frente para lidar com os problemas…” A Comunicação Social esteve sempre à frente e enfrentou um problema chamado Sócrates. Impenetrável, implacável, pouco “sympathetic”, como ele próprio diria.
Nem uma só palavra, em dois dias. Nem a Ria de Aveiro, nem os muitos milhões de obras, já feitas, em curso, ou ainda, apenas em “sonhos”, chegaram para que José, se dispusesse a falar.
E de repente, ontem, lembrei-me de Cândida Almeida. A senhora faz jus ao nome e está lá sempre quando os jornalistas a interrogam. Nem que seja pela janela de um carro…Nem que seja para dizer, não pode falar sobre “o assunto “…!!!
São personalidades!!!!! A de Sócrates é escarpada e durona. Qual Clint Eastwood, nos seus filmes mais antigos, embora sem pistolões.
FP