Salvador Caetano é um dos grandes industriais do País, tendo construído em 60 anos um grupo diversificado que integra uma centena de empresas onde tem maior relevo o sector automóvel.
A fábrica de montagem de veículos comerciais e de transporte colectivo da Salvador Caetano / Toyota em Ovar funciona há 35 anos e é apontada como unidade modelo de cooperação luso-nipónica.
O Primeiro-Ministro não se cansou de o dizer na intervenção que fez segunda-feira à tarde na sessão comemorativa.
Não houve palavras foi para as dificuldades que a poucos quilómetros a Yazaki Saltano (também uma sociedade participada pela Salvador Caetano) enfrenta para continuar em Portugal.
José Sócrates teve de ouvir ainda alguns reparos menos festivos.
Salvador Caetano foi muito claro a acusar os Governos de serem mais sensíveis a certos pedidos de ajuda do que a outros.
O industrial não esquece que por duas vezes viu serem colocados de parte os projectos que tentou vingar e que poderiam ter dado ao país uma Auto-Europa há alguns anos.
O Primeiro-Ministro preferiu ignorar na sua intervenção também os alertas do vice-presidente do grupo sobre alguns factores de perda de competividade do sector.
E deixou sem respostas os jornalistas que o pretendiam questionar.
Muito apressado, o ministro da Economia só teve tempo para um esclarecimento breve em relação às críticas feitas pela Câmara de Ponte de Lima por causa da nova localização que a IKEA pretende para a sua fábrica em Portugal.
Perguntas incómodas ou pedidos de comentários mais pertinentes é coisa que não agrada nada aos nossos governantes que só têm abertura, na maioria das vezes, para anúncios sorridentes.
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