Impressionam-me muito as lesões desportivas graves que frequentemente atingem os atletas, sobretudo, de alta competição que, de um momento para outro, podem ver transformados os seus sonhos em pesadelos. Do futebol chegam-nos os casos mais mediáticos. Pelo JN, costumo seguir a sempre interessante e esclarecedora crónica de um especialista.
A morte em campo de Miki Feher vítima de falha cardíaca foi o caso, evidentemente, mais dramático a que assisti.
Mas tenho desde há muitos anos na memória a imagem do benfiquista Rui Águas, na antiga União Soviética, agarrado à perna com uma fractura muito feia que TV mostrou bem.
Uma queda aparatosa do guarda-redes do Beira-Mar Paulo Sérgio caindo inanimado no velhinho Mário Duarte, silenciou o estádio e deixou-me a tremer ainda mais quando, percebendo a gravidade, o treinador António Sousa saltou para o campo em direcção ao atleta.
Li histórias incrivéis sobre o sofimento de Eusébio por causa de um joelho que foi cobaia de muitos tratamentos e em último caso de infiltrações salvadoras que o deixaram num estado lastimável que nem o aspecto esconde, pelo que costuma brincar o "pantera negra".
Pedro Mantorras para mim é outro herói e só espero que os "arames" aguentem por muitos anos o joelho direito e os adversários não o castiguem.
Um joelho do sportinguista Sá Pinto, pelos vistos, foi salvo para a competição com um enxerto de cadáver. E o jogador após um longo calvário continua em bom rendimento.
Fiquei triste com a lesão do aveirense Marcelinho, uma gonalgia no joelho que pode ditar o seu afastamento do futebol profissional.
São ossos do ofício, é verdade, mas não deixa de ser uma das faces mais tristes do desporto.
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