Mário Soares teve casa cheia no comício de Aveiro, quarta-feira à noite.
Para mim foi uma aflição vê-lo em palco, confesso, com aquela genica toda a destilar críticas ao cavaquismo. Não por Cavaco mas por recear que a qualquer momento aquela carga emocional que pôs no discurso pudesse acabar por dar-lhe alguma coisa má. O coração de 81 anos aguenta-se bem, está provado, e parece apto a nova rodada presidencial.
A plateia deixou-se incendiar pelas críticas logo desde o início, aquando da actuação, perdão, intervenção, do inconfundível José Mota. O autarca de Espinho transpirou anormalmente e teve de limpar a testa algumas vezes. Mostrou-se um defensor da causa da emigração, ele que ficou conhecido pelas temporadas que passa, desde há alguns anos, no Brasil e causou sorrisos velados quando desatou a gritar "o povo fica bem com Soares em Belém". Seria a pensar em terras de Vera Cruz ?
À semelhança de Mota, António Vitorino e o próprio Soares foram brindados por alguns apartes da plateia e garçolas dando um toque interactivo ao comício.
Já quando se ouvir falar o comendador Ilídio Pinho, o único não político, que por acaso é dos homens mais ricos do País, o respetinho foi maior.
12.1.06
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